O cantor Anitta veio a público confrontar o presidente do Câmara, Artur Lira, sobre um novo projeto que retira os direitos das mulheres. Mais do que isso, prejudica qualquer avanço nas políticas de inclusão das minorias brasileiras.
A reação da cantora não foi à toa, segundo o coluna.
Autoridades dos três poderes ficaram incomodadas com um projeto que ele planejou sobre mulheres, indígenas e negros.
Depois de pressionar pela urgência que criminaliza mulheres ou meninas estupradas no Brasil – hoje, a cada 8 minutos uma delas é estuprada no país -, o parlamento quer agora uma PEC “que visa perdoar as multas dos partidos que não colocarem o percentual exigido de mulheres, negros e indígenas”.
Este é o principal discurso de Anitta nesta quarta-feira, 19.
“Querem reduzir o percentual mínimo de mulheres, indígenas e negros necessário e obrigatório nos partidos. As mulheres já têm muito pouca voz, os indígenas, os negros. São pessoas que precisamos no comando das decisões do nosso país e é muito importante que aumentemos cada vez mais o número de mulheres, indígenas, negros na Câmara… na política”.
A cantora afirma que a proposta está marcada para esta quarta-feira, dia 19, o que foi confirmado para coluna por essas autoridades brasileiras que ficaram indignadas com um novo movimento político contra os direitos das mulheres.
Depois que Anitta veio a público, um texto foi enviado à comunidade artística demonstrando repúdio ao parlamento brasileiro.
Leia abaixo:
“MAIS ATAQUE CONTRA AS MULHERES
Uma semana depois da urgência relâmpago do Projeto de Lei do Estupro, a Câmara discutiu a (PEC) 23/09, conhecida como PEC da Anistia. A proposta de emenda à Constituição prevê perdão aos partidos políticos que não cumprissem a cota mínima de recursos para candidatura por motivo de sexo, sexualidade e raça nas eleições, seriam perdoados.
Portanto, eventuais punições aos partidos que descumprissem a regra por motivos raciais e o aumento proporcional de pelo menos 30% para candidaturas femininas poriam fim à eleição de 2022, válida para a Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Legislativa e nas Câmaras Municipais.
Esta seria a maior anistia da história, podendo atingir o valor de R$ 23 bilhões caso o texto seja aprovado. O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no início de 2023 e hoje (terça-feira, 18/06) o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o propôs para a sessão.
Não vamos deixar passar!
Queremos mais, não menos!
PEC 9 NÃO
Povos indígenas, negros e mulheres SIM!”
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