BRASÍLIA DF – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta segunda-feira (17/6) com auxiliares da área econômica para discutir o cenário fiscal e possíveis medidas para reequilibrar as contas públicas. Segundo os ministros, ele chamou a atenção para aspectos ligados à perda de receitas e ficou impressionado com o elevado nível de subsídios no país.
Esta foi a primeira reunião do presidente neste ano com a chamada Diretoria de Execução Orçamentária (JEO), formada pela Casa Civil e ministros da Economia, para rediscutir o cenário de receitas e despesas federais. A discussão acontece enquanto o governo é pressionado pelo mercado a tomar iniciativas de redução de gastos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, em termos de arrecadação, o governo está muito preocupado com os R$ 519 bilhões em renúncias fiscais observadas em 2023. Além disso, Lula teria se surpreendido com a queda da carga tributária no ano passado .
“A carga tributária no país caiu mais de 0,6% do PIB, o que foi considerado pelo presidente bastante significativo, diante das reclamações que o próprio presidente nem sempre entende de setores isolados que foram, finalmente, instados a recompor essa carga tributária que foi perdida”, acrescentou o ministro.
Ele citou como exemplo a experiência do Rio Grande do Sul, em referência ao Auxílio à Reconstrução, vale de R$ 5,1 mil concedido pelo governo federal às vítimas das enchentes que atingiram o estado no final de abril.
“[Tomamos] o trabalho que foi feito para limpar os registos, o que isso pode implicar em termos orçamentais, do ponto de vista de libertar espaço orçamental para acomodar outras despesas e garantir que as despesas discricionárias se mantenham no nível adequado para os próximos anos”, afirmou Haddad.
Segundo o responsável pela área económica, foram apresentados gráficos e dados históricos para ajudar o chefe do Executivo a “compreender a evolução das despesas e o que isso significa em termos de impacto, para que se familiarize com os números e com uma proposta de equilíbrio estas questões.”
Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o presidente ficou “extremamente impressionado” com o nível de subsídios do país – correspondente a quase 6% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo ela, soluções para o equilíbrio das contas públicas serão apresentadas a Lula em reunião futura.
Uma ala do governo quer implementar ações de revisão de gastos como parte da compensação à medida que estende a isenção de folha de pagamento para empresas e municípios, aprovada pelo Congresso Nacional.
Há um diagnóstico de que é preciso acelerar medidas de revisão de programas sociais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e o seguro de defesa, para pescadores artesanais.
Além das demissões, Tebet chamou a atenção para a preocupação com o crescimento das despesas previdenciárias, citando relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre as despesas fiscais da União.
“Há uma intersecção entre os dois aumentos [renúncia e previdência], porque o aumento dos gastos previdenciários também está relacionado ao aumento da renúncia de despesas tributárias. Então você pega, por exemplo, este ano a discussão sobre desoneração tributária para os municípios e para a seguridade social, isso impacta no déficit previdenciário”, disse.
“Então esses números foram apresentados ao presidente, ele ficou extremamente impressionado, nada impressionado com o aumento dos subsídios que está chegando a quase 6% do PIB do Brasil. Então estamos falando da renúncia fiscal, mas também das renúncias aqui de benefícios financeiros e créditos “, acrescentou o ministro.
O encontro acontece após o mercado intensificar a pressão sobre o governo para cortar gastos, diante da crescente desconfiança dos investidores com o compromisso de Lula em equilibrar as contas públicas.
Na semana passada, Haddad e Tebet haviam pedido aos técnicos do governo que intensificassem o trabalho de revisão de gastos. A orientação foi dada enquanto o governo vive um cenário de esgotamento do apoio político às medidas de aumento de arrecadação.
A equipa económica chegou a discutir uma mudança nos pisos da saúde e da educação, de forma a libertar recursos nestas áreas. Mas o plano foi criticado publicamente por Lula, que diz não querer fazer ajustes fiscais “em cima dos pobres”.
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