O Ministro das Finanças, Fernando Haddadnão se esquiva de disputas, como ficou claro no eleição presidencial 2018, ele resiste ao máximo a recuar e tem uma capacidade de resistência elogiada até pelos adversários —e, de certa forma, talhada no combate ao fogo amigo do PT. Apesar da pressão do presidente Lulado Ministro da Casa Civil, Rui Costae o comandante do PT, deputado Gleisi HoffmannHaddad manteve sua cruzada pelo equilíbrio contas públicas.
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Foi esta missão que o levou a propor, por exemplo, o fim da redução de imposto sobre folha de pagamento sistema de pagamentos para 17 setores da economia e municípios. Como deputados e senadores não aceitaram a iniciativa, Haddad fez com que o governo recorresse a Tribunal de Justiça Federal (STF), onde obteve decisão favorável, segundo a qual a isenção só será mantida este ano se os parlamentares aprovarem fonte de compensação do benefício. Essa fonte seria, se dependesse do ministro, a medida provisória que restringia a utilização dos créditos do PIS/Cofins pelas empresas, mas a parte principal da MP foi anulada por decisão do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD -MG).
Duro ou obstinado?
O histórico do deputado mostra o quanto Haddad é insistente e avesso a recuar. A reação à edição do texto foi imediata e forte. Congressistas, empresários, exportadores e industriais reclamaram imediatamente e pediram a sua derrubada. Logo no início, Rodrigo Pacheco disse não concordar com a iniciativa e sugeriu alternativas, como a abertura de uma nova janela para repatriação de recursos, com a correspondente cobrança tributária sobre eles. Expoentes do PIB brasileiro, como Rubens Omettoproprietária do grupo Cosan, protestou publicamente.
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O Presidente da República ouviu reclamações de Blairo Maggi, maior produtor de soja do país, e mandou Haddad conversar com ele. Então foi feito. O ministro ainda tentou explicar a Maggi que os exportadores não seriam prejudicados, mas a bola de neve não parava de crescer. Tanto que Lula, diante de tamanho esgotamento, deu prazo de 48 horas para que o ministro da Fazenda e os coordenadores políticos do governo tentassem mediar um acordo. Ele não deu certo.
Após participar de audiência com Lula, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, deu entrevista dizendo que o presidente havia lhe avisado que a MP seria cassada. A declaração pegou de surpresa Haddad, que esperava representantes da CNI e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para negociar o tema. Irritado, o ministro recebeu a comitiva empresarial com indisfarçável mau humor: “Achei que vocês nem iam vir. Se o presidente já decidiu, o que tenho a dizer?” Alban respondeu: “Você acha que eu daria uma informação dessas se não tivesse autorização expressa do presidente Lula?’”.
Fragilidade momentânea
A MP do PIS/Cofins só tinha sete dias de vida. Desde o início, foram evidentes os sinais, inclusive dentro do Planalto, de que era pouco provável que prosperasse. Mesmo assim, Haddad não recuou. Quando o jogo estava praticamente perdido, ele ainda tentou reverter a situação, propondo aos segmentos econômicos que a restrição ao uso de créditos só entraria em vigor em 90 dias. Foi em vão. Desta vez, sua teimosia não deu os frutos que esperava.
Mais do que uma derrota pessoal, foi um revés para o governo, cuja política económica, apesar dos esforços do ministro, perdeu credibilidade. Como era de se esperar, Haddad ficou decepcionado com o desfecho da história, mas não abalado. Não é típico dele abandonar a luta, mesmo quando é sabotado até mesmo por aliados.
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