12/06/2024 – 20h01
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Simone Tebet: governo está preocupado com a qualidade dos gastos
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participou nesta quarta-feira (12) de audiência pública sobre o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2025 (PLN 24/03) em Comissão Mista de Orçamento. Ela disse que uma análise da ligação entre o reajuste do salário mínimo e benefícios como BPC, abono salarial e seguro-desemprego; mas afirmou que a ligação com o mínimo de segurança social é uma política social que deve ser mantida.
“Eu pessoalmente entendo que, no caso da aposentadoria, eu pegaria com uma mão e daria com a outra, porque você vai ter que atender o aposentado com outros tipos de assistência, políticas públicas, porque esse recurso vai faltar no final do ano. o ano. mês”, ponderou.
Ela acrescentou que não acredita na necessidade de mais reformas da Segurança Social; mas ela disse que as isenções de contribuições previdenciárias deveriam ser reavaliadas.
Simone Tebet disse que, nos últimos dez anos, vincular o salário mínimo a diversos benefícios custou à União R$ 1,2 trilhão. Mas, segundo ela, o aumento de 9% no défice da Segurança Social no ano passado está mais ligado ao aumento dos benefícios fiscais; ou seja, isenções e reduções nas contribuições para o INSS.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Cláudio Cajado defendeu revisão dos benefícios fiscais
Isenções fiscais
O ministro lembrou que o Tribunal de Contas da União acaba de aprovar as contas do governo de 2023, mas fez ressalvas; entre eles, que as isenções fiscais estariam a crescer de forma insustentável. Só no ano passado, foram criadas 32 novas isenções. O total de isenções e outros subsídios em 2023 foi de R$ 646,6 bilhões, sendo o déficit da Previdência Social menor, de R$ 428 bilhões.
O deputado Claudio Cajado (PP-BA) cobrou que o governo tenha metas para avaliação dos benefícios fiscais. “As empresas que os estão recebendo têm direito de continuar recebendo? Eles estão gerando riqueza? Eles estão gerando renda? Porque é o dinheiro do nosso país que poderia ser investido em mais políticas públicas de educação, de saúde, ou para efeitos nocivos, como a tragédia no Rio Grande do Sul”.
O deputado Domingos Sávio (PL-MG) defendeu uma reforma administrativa. “Para melhorar a qualidade dos gastos públicos. Na área ambiental, por exemplo – e todos queremos proteger o meio ambiente – mas há um custo no Brasil de uma burocracia ideológica, que pega e coloca na gaveta.”
Avaliação de gastos
Questionado sobre os cortes de gastos de vários deputados, Tebet disse que o governo está reavaliando o custo-benefício de todas as despesas não para eliminá-las, mas para melhorá-las. Ela citou como exemplo o Fundo de Manutenção da Educação Básica, o Fundeb, que passou de R$ 22 bilhões em 2011 para R$ 47 bilhões neste ano e deve chegar a R$ 72 bilhões em 2028.
Enquanto isso, os resultados dos exames de avaliação pioraram e as matrículas caíram. “Não estou dizendo que é para tirar dinheiro do Fundeb. Só estou dizendo que há algo errado com a aplicação desse recurso. Então, vamos ter coragem de dizer, como professor, se o Fundeb está indo no caminho certo.”
Simone Tebet disse que o governo está preocupado com a redução das despesas não obrigatórias no Orçamento. Elas caem porque os gastos têm limites definidos pelo marco fiscal, mas as despesas obrigatórias são sempre reajustadas. Ela disse que a estimativa é que as despesas discricionárias caiam, a partir de 2026, de R$ 212,3 bilhões para R$ 151,1 bilhões em 2028. Os gastos não obrigatórios incluem financiamentos e investimentos que podem ser feitos pelo governo.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o Congresso é responsável pelos gastos públicos porque aprova despesas e renúncias fiscais. Portanto, os parlamentares precisam ajudar o governo com soluções para o equilíbrio fiscal.
Metas fiscais
Sobre as metas fiscais, o ministro disse que o governo pretende equilibrar as contas em 2024 e 2025. Ou seja, não conta com a possibilidade de um déficit da ordem de R$ 29 bilhões previsto nas regras. Segundo ela, a meta será alcançada com verbas bloqueadas no final do ano, se necessário.
A ministra disse ainda que está otimista com a economia brasileira por causa dos investimentos em infraestrutura feitos pelo Programa de Aceleração do Crescimento e pela entrada em vigor da reforma tributária.
Relatório – Silvia Mugnatto
Edição – Georgia Moraes
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