Câmara aprova projeto que cria o Dia Nacional para a Ação Climática – Notícias

Câmara aprova projeto que cria o Dia Nacional para a Ação Climática – Notícias


12/02/2025 – 20:03
• Atualizado 12/02/2025 – 20:24

Vinicius Loures/Câmara de Deputados

Duda Salabert, autor da proposta

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece o Dia Nacional para Ação Climática (27 de abril), a ser lembrada por instituições educacionais com prevenção prática, redução, proteção e resposta a eventos climáticos extremos e desastres naturais. O projeto foi aprovado no plenário na quarta -feira (12) e será enviado ao Senado.

Autário do vice-Duda Salabert (PDT-MG), o projeto de lei 2215/24 estabelece que as ações devem ser desenvolvidas por todas as escolas primárias (jardim de infância, ensino fundamental e médio), seja público ou privado.

O relator dos comitês temáticos, vice-pompeso de Mattos (PDT-RS), recomendou a aprovação do texto sem alteração.

Segundo o autor, a data foi escolhida porque é o dia em que as fortes chuvas de 2024 no Rio Grande do Sul começaram. “A proposta também é uma maneira de não esquecer todas as mortes causadas por (em) ação humana em relação às mudanças climáticas em todo o país”, disse Duda Salabert.

Por ser um dia de atividades escolares, se a data cair no fim de semana ou feriado, as ações serão transferidas para o próximo dia útil.

Treinamento
O deputado foi inspirado pela longa experiência japonesa de preparação para desastres como terremotos e tsunamis. Nesse sentido, o texto afirma que as atividades serão compostas de treinamento e exercícios focados no planejamento, preparação e execução de ações preventivas, mitigadoras e adaptativas.

De acordo com a idade e a capacidade cognitiva dos alunos, as atividades práticas listadas são várias, como:

  • Atividades de simulação sobre como proceder em caso de inundação urbana;
  • Atividades de evacuação em geral, usando sistemas de alarme, aplicações e outros meios;
  • Atividades de simulação de deslizamento de terra da terra; e
  • atividades práticas de combate a incêndios.

Vinicius Loures/Câmara de Deputados

Pompeo de Mattos, relator da conta

As escolas também poderão elaborar mapas com áreas de risco de eventos extremas, mesmo com ferramentas visuais; Atividades de educação ambiental e climática para que os alunos entendam o contexto de emergência climática; atividades de primeiros socorros; e memorização de números de emergência, como bombeiros, defesa civil e polícia militar.

Limpeza e educação
Duda Salabert também indica o desempenho das atividades de limpeza das ruas e a remoção de veículos abandonados para criar rotas de transporte de emergência; Além das ações ambientais e de educação climática, de acordo com a legislação atual.

Para o vice, a luta contra a crise climática precisa passar pela educação como um epicentro da mudança. “Isso colocará a escola como um espaço para desenvolver ‘ecoalfabetização’. Não apenas criando consciência ecológica, mas para ações imediatas”, disse ele.

Além disso, livros e outras publicações, incluindo digitais, com notícias, alertas de emergência públicos e informações básicas sobre desastres e eventos climáticos extremos, podem ser publicados.

Outra idéia é preparar um kit de emergência com mapas de perigo mostrando lugares e rotas de evacuação.

Todas as atividades precisam garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência, de acordo com a legislação atual.

Mudança climática
O relator, vice -pompeso de Mattos, disse que o projeto propõe uma abordagem prática e educacional que promove mudanças estruturais no relacionamento da sociedade brasileira com questões climáticas. “Para tornar nossa sociedade mais informada, resiliente e preparada para enfrentar os grandes desafios das mudanças climáticas”, disse ele.

Segundo ele, a proposta chama a atenção para a prevenção, para a sociedade acordar.

Estudo do Observatório de Desastres Naturais da Confederação Nacional de Municípios (CNM), citados por Mattos, estima que os desastres naturais causaram, na última década, perda de R $ 401,3 bilhões no país.

A vice-tatuagem Nilto (PT-SP), coordenadora da Frente Parlamentar Mista Ambiental, disse que o projeto ajudará a mobilizar a sociedade civil sobre o assunto. “O dia é importante para as negligências lerem um pouco mais e entender o que são as mudanças climáticas”, disse ele.

O deputado Tarcisio Motta (PSOL-RJ) afirmou que eventos climáticos extremos e desastres sociais e ambientais em todo o Brasil provam que há mudanças climáticas. “Institua uma data nacional que pensa sobre esse assunto é urgente e necessária”, afirmou.

Motta também elogiou o fato de o projeto fazer o tema debatido em cada escola. “Em todo o mundo, é a juventude que chamou a atenção desse tema que põe em risco a vida humana no planeta”.

Dorothy Stang
Tarcísio Motta disse que a aprovação do projeto também é uma homenagem da casa à freira americana Dorothy Stang, cujo assassinato completa 20 anos hoje. Ela foi morta a tiros em Anapu, a sudoeste de Pará, em meio a conflitos terrestres entre pequenos agricultores e garra de terras.

Crítica
Vice-BIA Kicis (PL-DF), vice-líder de Minoriacriticou o projeto. Para ela, há uma “agenda” por trás da proposta destinada a controlar a sociedade. “Algo que pode parecer infantil não tem nada inocente. Tudo começa com a instituição de um dia, aqui vem obrigações, deveres, penalidades”, disse ele, criticando a agenda das Nações Unidas 2030 – Plano de Ação Global para erradicar a pobreza, proteger o planeta e promover a paz.

Deputado Bibo Nunes (PL-RS) apontou a falta de audiência pública sobre a proposta, conforme previsto em Lei 12.345/10e criticou a promoção das atividades escolares relacionadas ao tema. “Isso afeta um dia inteiro de classe para defender a ação climática. O aluno perdendo português, química e geografia para lutar por um projeto que tem um lado político”, disse ele.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) questionou se a criação de uma data para a ação climática mudará a realidade ambiental. “Funciona tão bem que acho que podemos fazer o dia nacional contra a corrupção e acabar com a corrupção. Mas ela já existe e, é claro, isso não termina a corrupção”, disse ele.

Saiba mais sobre o processamento de contas

Relatório – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli



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