11/06/2024 – 20h06
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Paulo Pimenta (D): “Numa altura em que trabalhávamos para salvar vidas, as pessoas dedicavam-se a produzir desinformação”
A reunião da Comissão de Constituição e Justiça desta terça-feira (11) para ouvir o ministro da secretaria criada para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, foi marcada por discussões e trocas de acusações.
O objetivo da audiência foi esclarecer a possível utilização da Polícia Federal para investigar opositores ao governo federal. Paulo Pimenta destacou que pediu que a investigação freasse a onda de fake news. “Naquele momento específico foi altamente prejudicial para o trabalho de resgate, a chegada de doações ao estado do Rio Grande do Sul. Informei a autoridade para que ela avaliasse a necessidade ou não de abertura de investigação como cidadão, como gaúcho indignado com a mentira, com a fake news. Aqueles que não se comprometeram não têm nada a temer.”
Segundo o autor do pedido de convite ao ministro, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Pimenta perseguiu a oposição. O deputado citou áudio vazado em que o ministro menciona a necessidade de prender quem espalha fake news e “agir contra nós”, referindo-se a essas pessoas como traidoras. “Você entende que essa postura demonstra perseguição? Intenção de silenciar grupos que possam representar algum tipo de ameaça ao controle governamental? Sob o governo nazista, esse era o papel da Gestapo”, disse Bilynskyj.
Pimenta afirmou que quando disse “contra nós”, não se referia ao governo, mas ao povo gaúcho. “Porque na época em que trabalhávamos para salvar vidas, as pessoas se dedicavam a produzir desinformação para tirar energia e capacidade de trabalho de quem estava na linha de frente, dedicando suas vidas para salvar pessoas nas primeiras horas da manhã. ”
O ministro citou uma série de notícias falsas espalhadas após as enchentes no Rio Grande do Sul. Por exemplo, que os animais estavam sendo sacrificados; que haveria 2 mil corpos congelados em geladeiras em Canoas; que caminhões com doações estavam sendo parados em Torres para exigir fatura; que as doações foram retidas para arrecadação de impostos; entre outros que o Tribunal já ordenou a retirada.
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Bilynskyj: ministro demonstra intenção de silenciar grupos que possam representar algum tipo de ameaça ao controle governamental
Bilynskyj também questionou Paulo Pimenta sobre a viagem de helicóptero ao Rio Grande do Sul, com a esposa. O deputado ainda entregou uma conta de R$ 160 mil para o ministro pagar, que seria o custo da viagem. Pimenta disse que agiu dentro do seu direito e que escolhe a sua delegação.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o pedido do ministro para ser investigado por publicação de notícias falsas. Ele disse que acabou de postar uma reportagem da Folha de S. Paulo. “Estou sendo investigado criminalmente pela Polícia Federal graças à seguinte conduta, segundo Vossa Excelência: ‘Eduardo Bolsonaro criticou o auxílio ao Rio Grande do Sul ao mencionar que o governo demorou quatro dias para enviar esforços para a região. Ministro, não conhece o artigo 53 da Constituição, sobre imunidade parlamentar?”
Paulo Pimenta afirmou que quem vai analisar se a conduta é crime ou não é a polícia e depois o Ministério Público.
O ministro também citou uma série de ações do governo federal para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul, como a liberação de mais de R$ 474 milhões da defesa civil em ajuda humanitária.
O ministro também anunciou R$ 15 bilhões para um programa de financiamento para compra de equipamentos e máquinas e para reconstrução, entre outras ações governamentais.
Reportagem – Paula Moraes
Edição – Georgia Moraes
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