Intenção de compra das famílias brasileiras tem alta de 0,2% em janeiro

Intenção de compra das famílias brasileiras tem alta de 0,2% em janeiro


Apesar do desafio no momento, os consumidores estão confiantes.

Foto: Walter Campanato/Apr

Apesar do desafio no momento, os consumidores estão confiantes. (Foto: Walter Campanato/Apr)

O índice que mede a intenção de comprar famílias (ICF) aumentou 0,2% em janeiro, atingindo 104,9 pontos. Apesar de seguir a tendência de alta observada em dezembro de 2024, o indicador caiu 0,9% em comparação com janeiro de 2024. Os dados foram divulgados na quinta -feira (30) pela Confederação Nacional de Comércio de Mercadorias, Serviços e Turismo (CNC).

A ICF é um indicador que mede o potencial das vendas comerciais, calculadas mensalmente pelo CNC. Os resultados medem o grau de satisfação e insatisfação do consumidor. Quando o índice, que sobe até 200 pontos, está abaixo de 100 pontos, indica insatisfação. Quando está acima de 100 pontos, é indicativo de satisfação.

A pontuação observada em janeiro, portanto, indica satisfação. Segundo a CNC, apesar do desafio atualmente, os consumidores estão confiantes no futuro.

De acordo com a Confederação, as famílias e mulheres mais rendidas eram mais cautelosas em consumir. As famílias que ganham mais de 10 salários mínimos (equivalentes a R $ 15.180) tiveram uma retração de 0,2% em janeiro em comparação a dezembro de 2024. A menor renda avançou 0,3%.

Na comparação anual, entre as mulheres, a intenção do consumidor caiu 1,4% em comparação entre janeiro de 2025 com janeiro de 2024. Entre os homens, essa queda foi de 0,4%. Os motivos, de acordo com a CNC, são restrições ao acesso a crédito e perspectivas profissionais.

Acesso ao crédito

A ICF é calculada com base em um questionário aplicado a 18.000 brasileiros e analisa sete indicadores que refletem a satisfação do consumidor. A maioria dos componentes registrou a quitação, exceto os indicadores que medem a satisfação das pessoas com o emprego atual, a renda atual e o acesso ao crédito, sendo este último a maior redução de 0,8%.

Na análise da CNC, o acesso ao crédito continua sendo um ponto sensível. “O aumento do interesse afeta o consumo, devido à importância do crédito para o aquecimento do comércio”, diz o economista do CNC João Marcelo Costa.

O indicador que investiga a satisfação do consumidor já em relação ao momento para o consumo de bens duráveis ​​avançados em 1%. O indicador, no entanto, é de 72,4 pontos, o que também indica insatisfação, apesar do crescimento em comparação a dezembro.

Mercado de trabalho

Apesar de registrar uma queda de 0,3%, o emprego atual continua sendo o assinante da ICF da ICF, demonstrando que os consumidores estão confiantes no mercado de trabalho.

O indicador de perspectiva profissional para os próximos meses ainda é alto, com um aumento de 0,3% em janeiro, que, segundo a CNC, demonstra a esperança das famílias em melhores condições econômicas. Este indicador atingiu 114,2 pontos.

Comparando janeiro de 2025 com janeiro de 2024, o indicador de perspectiva profissional caiu este ano de 2,9%. Considerado apenas mulheres, a queda foi ainda maior, 4,1%, contra a de 2% dos homens. Destacando, de acordo com Costa, que historicamente, as mulheres enfrentam desafios adicionais, que podem intensificar a cautela diante de um cenário econômico mais desafiador.

Além disso, de acordo com o economista, a maioria das famílias brasileiras tem mulheres como principais provocadores, “é natural que elas adotem uma postura mais prudente”, diz CNC Analysis.

(Agência Brasil)