23/01/2025 – 10h14
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Lucas Ramos, relator da proposta
Em dezembro, a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa (PNDEC). A indústria criativa engloba atividades que vão do paisagismo à moda, da gastronomia à produção de jogos, do mercado editorial aos parques tecnológicos.
O setor baseia-se na inclusão social, na sustentabilidade, na inovação e na diversidade cultural, e não procura o desenvolvimento apenas através de atividades protegidas pela propriedade intelectual, pois defende a democratização do conhecimento.
O texto aprovado é o Lei de Inovação Tecnológica.
Para Ramos, as alterações ao texto original deram à promoção da criatividade a mesma importância que o desenvolvimento científico, a investigação, a formação científica e tecnológica e a inovação. “A introdução destes instrumentos de contrapartida torna-se, na verdade, um factor de competição por recursos e projectos para o sector da ciência, tecnologia e inovação (CTI) como um todo”, afirmou.
Ramos preferiu integrar a economia criativa aos polos tecnológicos já definidos na Lei de Inovação Tecnológica. Segundo o relator, a promoção de um ambiente criativo deve ser fomentada em ambientes destinados ao desenvolvimento tecnológico, à incubação de empresas ou aos pólos tecnológicos.
Uso de imóveis
Essas empresas também poderão utilizar imóveis cedidos pelo poder público para desenvolver seus negócios, como é feito com gestores de parques tecnológicos e incubadoras.
O texto prevê ainda, entre as metas do PNDEC:
- a parceria entre empresas e universidades para qualificação profissional;
- prioridade no acesso ao crédito para pequenos empreendedores; e
- a construção de complexos multiusos para albergar negócios ligados ao sector criativo.
Próximas etapas
A proposta, que tramita em caráter conclusivoainda serão analisados pelos comitês de Comunicação; da Cultura; e Constituição e Justiça e Cidadania.
Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Márcia Becker
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