22/01/2025 – 14h27
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Deputada Socorro Neri, relatora do projeto
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou proposta que cria a Política Nacional de Cidades Resilientes (PNCR) e o Programa Nacional de Promoção de Cidades Resilientes (PNFCR), como instrumentos para reduzir os impactos das mudanças climáticas e dos desastres naturais nas cidades brasileiras.
Entre os princípios da política estão:
- educação e conscientização da sociedade sobre o risco de desastres;
- apoio aos municípios na implementação de medidas de redução de riscos; e
- a responsabilidade compartilhada entre os governos federal, estaduais e municipais na elaboração e execução dos planos de adaptação, considerando os riscos climáticos, ambientais e socioeconômicos e as características de cada município.
O programa de promoção de cidades resilientes, por sua vez, prevê a utilização de instrumentos financeiros e econômicos principalmente nas áreas mais vulneráveis das cidades, visando reduzir as desigualdades sociais e os riscos de desastres. Por exemplo, devem ser incentivadas ações preventivas e práticas sustentáveis na gestão e planeamento urbano.
A relatora, deputada Socorro Neri (PP-AC), optou por uma substituir ao texto originalmente proposto pela deputada Yandra Moura (União-SE), o Projeto de Lei 161/24, que previa apenas a criação do Programa Nacional de Promoção de Cidades Resilientes.
O relator lembrou que hoje já existe no Brasil um programa de incentivo à implementação de cidades resilientes, o Programa Cidades Verdes Resilientes (Decreto 12.041/24), mas também considerando apenas questões climáticas.
“Entendo que o Congresso deveria criar uma Política Nacional para Cidades Resilientes e um Programa Nacional de Promoção de Cidades Resilientes, incorporando medidas para reduzir os impactos de eventos extremos relacionados ao clima e também de outros tipos de desastres”, observou o relator.
Socorro Neri destacou ainda que a definição de política pública em lei evita que ela seja sujeita a alterações a cada mudança de governo. “Transformaremos assim a promoção da implementação de Cidades Resilientes numa política a observar por todos os entes da federação”, concluiu.
Próximas etapas
A proposta também será analisada em caráter conclusivopelos comitês de Desenvolvimento Urbano; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
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Reportagem – Murilo Souza
Montagem – Roberto Seabra
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