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A Editorial Sul
| 21 de janeiro de 2025
No total, já são 17 policiais presos por envolvimento no caso do assassinato de Gritzbach.
Foto: Reprodução
No total, já são 17 policiais presos por envolvimento no caso de assassinato de Gritzbach (e). (Foto: Reprodução)
A Corregedoria da Polícia Militar prendeu nesta terça-feira (21) o segundo suspeito do assassinato de Vinicius Gritzbach, denunciante do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Segundo a TV Globo, o soldado PM Ruan Silva Rodrigues trabalha na 3ª Companhia do 20 BPM/M. No total, já são 17 policiais presos por envolvimento no caso.
A prisão temporária foi decretada pela Justiça Militar e pela Justiça Comum. Na segunda-feira (20), quando começou a ouvir a notícia de que havia sido identificado, o PM procurou a administração do Batalhão para pedir autorização. A informação chegou à Corregedoria, que prendeu imediatamente o PM. Após passar por exame criminal, ele irá para o Presídio Militar Romão Gomes.
A investigação apurou que o cabo Denis Martins, suspeito de ser o primeiro executor, o tenente Fernando Genauro, suspeito de ser o motorista, e o soldado Ruan trabalhavam juntos. O sistema de geolocalização dos celulares dos três indica que eles estavam no aeroporto no momento do crime.
Nesta terça-feira, policiais do DHPP interrogaram Denis e Fernando. Os PMs Giovanni de Oliveira Garcia e Leandro Ortiz que também estão presos e foram ouvidos como testemunhas. Todos negaram envolvimento no crime.
Gritzbach foi acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro da facção. No acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público, ele deu nomes de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.
Outros prisioneiros
No sábado (18), a Polícia Civil prendeu Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, suspeito de ser o motorista do carro usado pelos atiradores na execução de Vinícius Gritzbach.
O policial é o 1º Tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos. Ele foi preso em Osasco, onde mora. Em nota, o advogado Mauro Ribas Junior, que defende o tenente, afirmou que “Genauro é inocente, não estava no local do crime” e que “não fazia parte da segurança de Vinicus Gritzbach”. “A defesa entende que a prisão foi prematura e amparada em provas frágeis – a saber: uma denúncia anônima e uma imagem de uma câmera que mostra apenas uma pessoa de perfil.”
O PM foi levado à sede do Departamento de Homicídios e Proteção Individual (DHPP) para prestar depoimento. Em seguida, ele será encaminhado para o Presídio da Polícia Militar Romão Gomes. A operação que levou à prisão do PM contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Gritzbach foi baleado no aeroporto.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou, em nota, que “as forças de segurança do Estado são instituições legalistas e que nenhuma má conduta será tolerada. A força-tarefa criada para investigar o crime continua os esforços para identificar e punir todos os envolvidos.”
Segundo a polícia, o carro Gol preto usado no crime foi encontrado.
A prisão dos outros 15 PMs ocorreu em operação na última quinta-feira (16). Quatorze deles forneciam segurança pessoal a Gritzbach. Outro policial foi preso e acusado de ser o atirador. A polícia ainda não sabe se o suposto atirador tem parentesco com o grupo que fazia parte da escolta.
Além da Polícia Militar, um suspeito foi preso nesta sexta-feira (17) por ajudar o homem identificado como “batedor” que alertou os atiradores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto e que continua foragido. Uma modelo identificada como namorada do olheiro também foi presa. Em dezembro, a polícia já havia prendido um homem acusado de emprestar os dois carros usados na fuga: um ao batedor e outro aos atiradores.
O cruzamento de diversas investigações sobre a facção, incluindo a morte de Gritzbach, também levou à prisão de quatro policiais civis em dezembro. Mais tarde, um quinto policial que estava foragido se entregou.
(AG)
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Segundo suspeito é preso por executar denunciante do PCC no aeroporto de São Paulo
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