Ao vender ações da Cosan em OK e deixar a mineradora, nesta quinta-feira, 16, o empresário Rubens Ometto repetiu as críticas que vem fazendo há algum tempo em relação ao aumento dos juros no país. Ometto lamentou ter se desfeito de seu cargo na empresa, ativo que classificou como “extraordinário”, mas disse que precisava ser pragmático considerando a dívida da Cosan em um cenário com juros tão elevados.
A saída de Ometto da Vale e seu novo ataque à política monetária do Banco Central, atribuindo a decisão aos juros, lembram uma conversa sincera que o empresário teve com Gabriel Galípolo em 28 de novembro de 2024, um mês antes do economista assumir a presidência do BC no lugar de Roberto Campos Neto.
Ao final de evento com empresários e Galípolo em São Paulo, quando o agora chefe do Banco Central respondia perguntas, Ometto pediu o microfone. O bilionário disse estar “muito preocupado” com os sinais da política fiscal do governo Lula e fez uma comparação automobilística para criticar a política monetária.
“Você, como presidente do Banco Central, é o mesmo que dirigir um carro. Você está dizendo que pode acelerar, frear, mas não pode dirigir. E, se você ver o carro passando em um lugar que não é desejável…”, disse.
Ometto também criticou o que considerou uma “política partidária” no governo Lula ao não conter gastos.
“É muito fácil resolver. Basta resolver o problema do défice fiscal e tudo se acalmará, mas eles não querem fazer isso e não enfrentam este problema. O que vai acontecer? As taxas de juro estão a subir, a subir, os investimentos que todos dizem que haverá em infra-estruturas, parcerias público-privadas, não vão acontecer. Porque qualquer empresário que invista dinheiro com essa taxa de juros irá à falência.”
Mais adiante em seu discurso, em que considerou gostar e admirar Gabriel Galípolo, Ometto foi mais direto. “Estamos ferrados”, resumiu o empresário, sentado ao lado do presidente da Febraban, Isaac Sidney, e do dono do banco BTG, André Esteves.
“Desculpem os franceses: estamos ferrados. A alta administração do nosso país acha que está certo e não quer fazer nada. É uma pena, o país tem tudo de bom, tem reservas, tem energia, empresários brilhantes, mas é só acelerar ou parar. Você precisa começar a virar a direção. E, quando se quer mudar de rumo, qual é a reação dos políticos?”, questionou Galípolo.
Até então, calado, enquanto ouvia o empresário reclamar do interesse, Galípolo voltou à metáfora do carro para lhe responder. “O Banco Central está no comando, com direção, freio, acelerador e todas as ferramentas (…) Política monetária, o Banco Central tem autonomia e toda a diretoria para implementar a política monetária que quiser. Temos todas as ferramentas para jogar.”
Galípolo também explicou como o Banco Central se comportava nas reuniões políticas e definiu o papel do órgão nesses ambientes como “dizer como o mercado está interpretando, por que os ativos estão se comportando dessa forma e quais são as expectativas”.
Rubens Ometto concluiu então com uma previsão de que altas taxas de juros trariam inflação. “Uma empresa que paga juros de 14% e não reajusta seus produtos perto disso, vai à falência em dois anos.”
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