A Justiça Federal do Distrito Federal rejeitou nesta quinta-feira (16/1) a ação movida pelo senador Damares Alves (Republicanos-DF) contra a resolução do Conanda (Conselho Nacional da Criança e do Adolescente), que estabelece diretrizes para o aborto legal de menores no Brasil. A parlamentar afirmou que irá recorrer da decisão.
A ação foi julgada improcedente sem resolução de mérito, ou seja, o processo foi encerrado sem que o juiz analisasse ou decidisse o conteúdo principal da demanda, e sem avaliar quem tem razão no conflito jurídico. Isso porque a Justiça do Distrito Federal entendeu que o senador não tem legitimidade para apresentar a ação, um mandado de segurança.
A juíza federal substituta Liviane Kelly Soares Vasconcelos afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já se manifestou contra a possibilidade de parlamentares, individualmente, questionarem judicialmente atos do Poder Executivo, exceto em casos específicos relacionados ao processo legislativo.
Na decisão, o juiz argumenta que Damares Alves não tem relação jurídica direta com o ato administrativo questionado, pois não é membro do Conanda, e, portanto, não tem interesse jurídico em questionar a atuação do conselho.
Ela afirma ainda que o artigo da Constituição Federal citado pelo senador como base de sua legitimidade refere-se à competência do Congresso Nacional de fiscalizar os atos do Poder Executivo, não conferindo aos parlamentares individuais o direito de atuarem judicialmente.
“A prerrogativa do Congresso Nacional de fiscalizar os atos do Poder Executivo não confere ao parlamentar o direito de atuar judicialmente como se fosse titular de direitos exclusivos de membros do Executivo. , não autoriza a interferência direta do Legislativo nas relações jurídicas próprias do Executivo, sob pena de violar a autonomia dos Poderes e a distribuição constitucional de competências”, escreve o juiz na decisão.
Em nota, a senadora afirmou que já prepara recurso. Ela declarou ainda que pretende elaborar um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) para suspender a resolução do Conanda, que, segundo ela, foi aprovada “em total ilegalidade, pois seu trâmite ocorreu em desacordo com o regimento interno do conselho”.
“Cabe aos pais e responsáveis enfrentar essa resolução, para que seus filhos não sejam cooptados por essa agenda de morte implementada pelo governo petista no Brasil”, disse o senador, em nota.
O que diz a resolução?
O Conanda, vinculado ao MDH (Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania), aprovou no dia 23 de dezembro documento sobre atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, situação em que a interrupção da gravidez está prevista em lei.
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As medidas incluem recomendações para que a identidade do menor permaneça confidencial e que as transferências para abrigos temporários não sejam realizadas com a intenção de impedir o aborto legal.
Porém, todos os representantes do governo Lula que participaram da reunião votaram contra a resolução. A ordem para derrotar o texto partiu da Casa Civil, órgão do Planalto responsável pela coordenação das ações do governo.
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