Apelo de US$ 3,32 bilhões quer impulsionar resposta humanitária aos ucranianos

As Nações Unidas e as agências parceiras precisam de 3,32 mil milhões de dólares para responder à crise humanitária na Ucrânia e apoiar os refugiados em 2025. O objetivo é prestar assistência a 8,2 milhões de pessoas afetadas nestas duas frentes.

O lançamento do apelo humanitário esta quinta-feira, em Kiev, envolveu o governo ucraniano e a ONU, representada pelo subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, e pelo Alto Comissário para os Refugiados, Filippo Grandi.

Solidariedade internacional

O pedido enfatiza o cuidado com as pessoas afectadas pela guerra e a importância da solidariedade internacional para apoiar esforços humanitários cruciais durante este ano.

Durante o período, as operações das agências em território ucraniano deverão atingir 6 milhões de pessoas com alimentos, assistência médica, abrigo, ajuda financeira, educação de emergência, protecção e outros serviços vitais.

O montante total necessário deverá permitir que os trabalhadores humanitários continuem a prestar ajuda em todo o país, incluindo nas comunidades próximas da linha da frente.

Em particular, espera-se que se concentre nos grupos mais vulneráveis, incluindo as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência, muitos dos quais enfrentam isolamento e barreiras no acesso à ajuda.

Proteção dos ucranianos em 11 países

Do montante total solicitado, o Plano de Resposta e Necessidades Humanitárias da Ucrânia requer 2,62 mil milhões de dólares para cumprir estas obrigações.

A resposta centrada na proteção em 11 países de acolhimento envolve mais de 2 milhões de refugiados em 2025 e 2026. Os ucranianos devem ter acesso a habitação, trabalho digno, saúde, serviços jurídicos e acolhimento especializado.

Depois de visitar várias comunidades na Ucrânia, o subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, disse estar impressionado com “a determinação do povo ucraniano em avançar face a imensas dificuldades”.

Para ele, estes habitantes estão na linha da frente da resposta humanitária e precisam mais do que nunca de apoio e solidariedade.

Deslocados e afetados pela guerra

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados pediu que os milhões de ucranianos que foram forçados a fugir das suas casas não fossem esquecidos.

Comunidades na linha da frente da resposta humanitária e que necessitam de apoio e solidariedade

Filippo Grandi esteve nas regiões da linha da frente e reuniu-se com pessoas deslocadas e afetadas pela guerra. Ele elogiou os países que acolheram ucranianos pelo seu trabalho nos últimos três anos, proporcionando segurança e uma sensação de normalidade.

O Alto Comissário mencionou o apoio dado aos refugiados para recomeçarem as suas vidas em novas comunidades, enquanto aguardam que as condições mudem para que possam regressar à Ucrânia.

O apelo para expandir o acesso à proteção social, dinheiro para as necessidades básicas dos mais vulneráveis, ajuda para crianças em risco e sobreviventes de violência de género requer 690,3 milhões de dólares em 2025. Outros 1,2 mil milhões de dólares serão aplicados no período 2025-2026. .

Entrega de ajuda alimentar

Até 2024, as realizações da comunidade humanitária em nome dos ucranianos incluem a entrega de ajuda alimentar a quase 3 milhões de pessoas face a desafios como o subfinanciamento e as restrições de acesso.

A assistência também garantiu que cerca de 5,8 milhões de pessoas, principalmente nas regiões da linha da frente, tivessem apoio em água, saneamento e higiene. Cerca de 2 milhões de pessoas receberam serviços de saúde e assistência médica.

As Nações Unidas sublinham ainda que vários milhões de ucranianos receberam apoio relacionado com abrigo, educação, serviços de protecção e assistência financeira para satisfazer as suas necessidades urgentes.