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A Editorial Sul
| 15 de janeiro de 2025
O fígado gorduroso é uma condição médica em que o órgão também se torna um depósito de gordura. (Foto: Reprodução)
Pesquisa publicada na revista Nutrition & Metabolism mostra associação entre vitamina E e redução do risco de esteatose hepática – condição marcada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado, os hepatócitos.
Esta ligação foi feita com base na análise de dados de 5.757 adultos, incluindo indivíduos com obesidade, do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), um grande inquérito que monitoriza o estado nutricional da população dos Estados Unidos. Os cientistas também avaliaram os exames médicos dos participantes e concluíram que houve maior proteção naqueles que consumiram quantidades adequadas desse nutriente.
“Entre as fontes de vitamina E estão as castanhas, ricas em outras substâncias benéficas”, comenta o nutricionista Celso Cukier, do Hospital Israelita Albert Einstein. Porém, é preciso cautela ao comemorar essas descobertas: embora o trabalho forneça informações interessantes, não é possível isolar um único nutriente quando se trata da doença hepática gordurosa não alcoólica, outro termo para a doença.
Sem exagero
Assim como não existe um “herói” único, não adianta suplementar vitamina E, como medida preventiva, quando o contexto alimentar é pautado pelo desequilíbrio. Outro trabalho recente, publicado na revista científica Annals of Hepatology, demonstra uma ligação entre o consumo excessivo de refrigerantes e um risco aumentado de doença hepática. Os pesquisadores avaliaram os hábitos de 1.759 mulheres e homens mexicanos.
O estudo vem reforçar que o exagero é o verdadeiro vilão. Da mesma forma que não estão listados os nutrientes protetores, não é possível escolher alimentos nocivos. “O que pode promover o armazenamento tanto de gordura corporal quanto hepática é o excesso de calorias”, enfatiza Cukier.
E o cenário piora se a alimentação excessiva for acompanhada de sedentarismo. “A obesidade é um dos principais fatores de risco para esteatose”, afirma o hepatologista Fernando Pandullo, do Hospital Israelita Albert Einstein. Na verdade, a incidência tem aumentado junto com o número de casos de indivíduos com excesso de peso. Hoje, estima-se que entre 25 e 30% da população adulta tenha “fígado gorduroso”.
O ganho de peso exagerado está por trás de alterações no metabolismo e disfunções hormonais que contribuem para a deposição de triglicerídeos – uma molécula gordurosa – nos hepatócitos. Tanto é que, principalmente no meio médico, o distúrbio é conhecido como doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica.
Assintomática, pode promover inflamação – esteatohepatite –, levar à formação de cicatrizes e evoluir para fibrose, desencadeando uma perigosa cirrose. “Também está relacionado a um risco aumentado de câncer de fígado”, diz Pandullo.
Para diagnosticar a doença são realizados exames laboratoriais e ultrassonografia. Quem está acima do peso precisa ficar mais atento ao check-up, pois não há sinais. “A perda de peso é fundamental para o tratamento e pode reverter completamente o quadro”, comenta o hepatologista.
Vida Saudável
Embora não existam alimentos específicos que ajudem a combater ou reduzir o risco de esteatose, há evidências, de vários estudos, de que cuidar da microbiota intestinal pode ter impacto no fígado.
“A saúde intestinal reflete o estado geral do corpo”, comenta o hepatologista. Um cardápio com espaço privilegiado para alimentos de origem vegetal beneficia não só a flora, mas todo o corpo. Na verdade, os médicos enfatizam que não adianta ingerir produtos probióticos se a sua dieta estiver completamente desequilibrada.
Outro destaque nos estudos é a Dieta Mediterrânea. O plano alimentar combina grãos integrais – fornecedores de carboidratos – frutas, vegetais, sementes, peixes, laticínios com baixo teor de gordura e azeite. Tudo bem dosado. Porém, um dos ingredientes mais famosos desse cardápio precisa ficar de fora da dieta de quem quer evitar danos ao fígado: o vinho. “Não há espaço para álcool”, alerta Pandullo.
E, vale lembrar, praticar atividade física é outra estratégia de proteção. Os músculos consomem energia e ajudam a prevenir depósitos de gordura. A sugestão é escolher o exercício que mais lhe agrada e não ficar parado. (Estadão Conteúdo)
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Alimentação e gordura no fígado: descubra o que a ciência diz sobre essa relação
15/01/2025
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