Inflação dos alimentos e fake news são os principais desafios na comunicação do governo, diz o novo ministro da comunicação social

Inflação dos alimentos e fake news são os principais desafios na comunicação do governo, diz o novo ministro da comunicação social


Em suas declarações, Sidônio reforçou que a comunicação governamental deve ser ampla, atingindo todos os segmentos da população. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, destacou nesta terça-feira (14) em entrevista à GloboNews que os principais desafios de comunicação do governo incluem o aumento dos preços dos alimentos, o combate à desinformação nas redes sociais e a necessidade de dialogar com diferentes setores da sociedade, como trabalhadores de aplicativos e evangélicos.

Em suas declarações, Sidônio reforçou que a comunicação governamental deve ser ampla, atingindo todos os segmentos da população, e estar alinhada à gestão e à política.

“O Brasil é um país muito diversificado, com diversas realidades dentro de um mesmo território. Precisamos nos comunicar com todos os públicos: evangélicos, católicos, pessoas de diferentes regiões, e levar em conta as características de cada grupo. Isso inclui também os trabalhadores de aplicativos, que enfrentam novas dinâmicas no mercado de trabalho e precisam conhecer as propostas e soluções que o governo tem para eles”, afirmou.

Comida alta

Sidônio reconheceu que o aumento dos preços dos alimentos é um problema sensível para a população mais simples, que sente o impacto diretamente nos supermercados e feiras livres. Afirmou que o governo, através do Ministério das Finanças e de outros sectores, está a trabalhar para conter este aumento, mas que é fundamental comunicar o que está a ser feito.

“Os preços de alguns alimentos estão mais elevados e isso se deve a vários fatores. Para a população mais simples, economia significa supermercado e feira livre. O Ministério das Finanças e outros sectores do governo estão a trabalhar intensamente nesta questão”, afirmou o ministro.

“Os preços precisam ser analisados ​​no contexto: como eram antes e como estão agora. O desafio é mostrar as conquistas do governo e garantir que essa comunicação chegue ao fim, onde as pessoas realmente sintam os resultados das ações”, explicou o ministro.

Desinformação

Outro ponto abordado por Sidônio foi o impacto da desinformação nas redes sociais. Ele criticou a recente decisão da Meta, controladora do Facebook e do Instagram, de reduzir o controle sobre a verificação de informações, o que poderia agravar a disseminação de notícias falsas.

“Vivemos um novo momento nas redes sociais, com desafios significativos. É necessário regular estas plataformas de forma democrática, como já acontece na Europa. Caso contrário, a soberania nacional estará em risco. As fake news precisam ser combatidas com verdade e agilidade para ocupar o espaço antes que a mentira se espalhe”, alertou.

Sidônio também defendeu que o governo deve informar de forma proativa. Ele citou o exemplo da polêmica em torno da tributação do Pix, afirmando que o governo precisa se comunicar rapidamente para evitar a proliferação de notícias falsas.

“Quem ocupa primeiro o espaço da verdade tem mais chances de vencer a narrativa”, destacou.

Gestão, política e comunicação

Para o novo ministro, a comunicação do governo deve ir além da divulgação das conquistas da gestão. Ele destacou que é preciso integrar política e comunicação em um modelo que dialogue com diferentes públicos. “Gestão, política e comunicação são como um triângulo. Cada vértice é essencial para alcançar resultados”, explicou.

Sidônio também enfatizou que o diálogo é a chave para lidar com as divergências. “Defendemos a democracia e ela inclui diferenças. Precisamos informar e conquistar as pessoas por meio do diálogo, seja com o Congresso ou com a população.”

Prestação de serviços

Sidônio reforçou que o principal objetivo do governo é prestar serviços à população e não eleições. “A eleição é uma consequência. Nosso foco é mostrar o que o governo fez, está fazendo e continuará fazendo até 2026. Queremos que as pessoas saibam quais serviços estão disponíveis e como utilizá-los”, finalizou.