General preso visitou Bolsonaro por ‘convocação’ e…

General preso visitou Bolsonaro por ‘convocação’ e…



A reserva geral Mário Fernandes está preso desde novembro de 2024 sob suspeita de ter planejado assassinar o presidente Lula e seu vice Geraldo Alckmin e “prender ou executar” o ministro Alexandre de Moraesde Supremo Tribunal Federal. Em seus arquivos, os investigadores encontraram um documento chamado “Punhal Verde e Amarelo” que detalha a estrutura de segurança de Moraes e, segundo a PF, prevê a possibilidade de ações para matar Moraes e a chapa eleita.

Até então, o soldado era personagem secundário na investigação mas, dada a gravidade das suspeitas, tornou-se elemento central na elucidação das negociações feitas pelo ex-presidente JairBolsonaro após a derrota nas urnas. No momento da elaboração do material, em novembro de 2022, Fernandes atuava como secretário executivo do Secretaria Geral da Presidência. As investigações vinculam o plano do assessor ao monitoramento, feito conforme, por militares das forças especiais que estariam monitorando a rotina de Moraes e do presidente eleito.

Desde então, a defesa dos militares tenta derrubar a trama construída no relatório da PF e afirma que há uma série de lacunas e pontas soltas que não são capazes de provar uma trama de assassinato ou estabelecer alguma ligação entre as duas estratégias – porque, diz ele, as acusações não são reais. O criminalista Marcus Vinícius Figueiredo contesta a opinião dos investigadores, afirma que não há provas, garante que o material encontrado não era um plano para matar autoridades, mas sim uma “análise de consequências e efeitos colaterais”, e destaca que não há sequer menção ao nome do ministro Alexandre de Moraes no documento.

O advogado afirma ainda que Fernandes nem sequer era íntimo do ex-presidente JairBolsonaroe que o maior ponto de contato era com o general Luis Eduardo Ramos, na época Ministro da Secretaria-Geral, que não está sendo investigado e vem tentando se separar de seu ex-assistente. A PF, porém, identificou diversas visitas de Fernandes ao Palácio da Alvoradaonde o ex-presidente foi preso após as eleições. Segundo Figueiredo, o general não pedia as reuniões, mas ia sempre que chamado pelo então presidente. As questões, garante, eram administrativas e governamentais. Confira na íntegra.

Você está encarregado de um dos casos mais complexos da investigação. A absolvição do general é possível? Do ponto de vista jurídico, técnico-penal, é perfeitamente possível. Agora, do ponto de vista político, não sei. Mas isso não me preocupa muito, porque o Supremo Tribunal deve julgar um caso como este de acordo com a Constituição e os princípios que regulam o direito penal, e não de forma política.

Você considera que seu cliente está sendo julgado politicamente? Não posso dizer como técnico que está a ser julgado politicamente, porque como advogado estamos sujeitos à lei e não há julgamento político em matéria penal.

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O seu cliente admite ter cometido crime ou irregularidade? Não. Ele nega ter cometido qualquer irregularidade.

Que explicação ele dá para ter traçado um plano que prevê o monitoramento e, segundo a Polícia Federal, até o assassinato de autoridades? Primeiro, não havia plano e é importante destacar isso. Um plano de duas páginas e meia para matar três autoridades? Ser presidente da República, vice-presidente e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral? Isto não foi planejamento, foi uma análise de consequências e efeitos colaterais. Até agora ninguém conseguiu me mostrar que esse anteprojeto, que não foi apresentado a absolutamente ninguém, contém o nome do ministro Alexandre Moraes. Seja Alexandre Moraes, seja ministro, seja apelido. Este rascunho não contém nenhuma operação para matar ninguém. Se todos disserem que o meu cliente é qualificado, um general que chefiou um órgão militar responsável pela crianças negrasplaneje desta forma, por favor. O plano determina a estratégia, a ação, o dia, a hora, quem são as pessoas e como irão agir.

E por que ele produziu esse rascunho? Porque configurou dentro da doutrina militar uma análise de consequências e efeitos colaterais.

Se o que aconteceu? Não posso dizer se isso aconteceria ou não, porque ainda não entrei nesse nível de conversa. Ele apenas disse que criou o documento e era uma análise de consequências e efeitos colaterais.

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Ele fez isso como um ato espontâneo? Ele fez isso, ele criou.

Quem teve acesso a este documento? Ninguém. Ele diz que não deu para ninguém. Impresso e rasgado. Nas 884 páginas não há nenhum elemento de informação que ligue este documento eletrônico a qualquer pessoa envolvida nesta investigação. Não seria frívolo e não estou atacando, acusando ou criticando ninguém. Mas quero que a Polícia Federal me traga algumas informações, porque tudo indica que essa suposta operação aconteceria no dia 15 de dezembro. [de monitoramento] e isso envolve pessoas que nem o relatório sabe quem são. Quero que você me indique no relatório um link para esta minuta eletrônica para quem estiver envolvido. Além do mais, o relatório afirma com tanta firmeza que a operação que teria ocorrido no dia 15 de Dezembro é resultado deste projecto, mas apenas afirmar que esta ligação existe é muito fraco. O relatório não contém um ERB [Estação Rádio Base]não contém uma mensagem do meu cliente vinculando a este evento. Com muito respeito e humildade: digo que não existe vínculo e não existirá porque ele não entregou para absolutamente ninguém.

Você já conversou com ele sobre a possibilidade de um acordo judicial?? Dedurar é sempre um meio de defesa. Mas ele disse: ‘Eu não cometi nenhum crime’. E só informa quem comete crimes. Agora, se esse anteprojeto é crime é o que discutiremos do ponto de vista jurídico penal e o que ele representa.

Como era o relacionamento do general com os demais militares do governo Bolsonaro? Ele tinha uma intimidade maior com o [Luiz Eduardo] Galhos [ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência]porque era obviamente secretário do Ramos, mas não conhecia os outros. Ele nem conhecia Bolsonaro, na verdade o conheceu em 2020 ou 2021, quando entrou no governo. Ele nunca teve intimidade, não dá para dizer numa relação mais próxima porque ele era secretário do ministério, não tinha livre acesso ao presidente.

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Mas ele foi diversas vezes ao Palácio da Alvorada, segundo as investigações. O que posso dizer é que ele não tinha liberdade de ir e vir quando quisesse. Ele foi convocado como qualquer secretário de um ministério seria convocado. As vezes que ele se encontrou com o presidente foi a pedido do presidente. Não foi ele quem pediu para ir.

E o que justificou essas reuniões? Eram assuntos profissionais, ele era secretário de um ministro, e certamente o secretário de um ministro às vezes é convocado para conversar com o presidente sobre um assunto administrativo organizacional puramente normal.

Não há tópicos sobre política, eleições? Ele nunca discutiu assuntos dessa natureza com o presidente. Na verdade, quero deixar bem claro, ele não teve contato com a ata, com [artigo] 142, absolutamente nada.

O tenente-coronel Mauro Cid disse que foi um dos soldados mais radicais ao redor de Bolsonaro. E a verdade? O que significa ser radical? Preciso ler a mensagem e ter acesso ao relatório para perguntar ao Cid. A questão é que meu cliente era militar, nunca foi político. E entende que o radical é dessa natureza: militar. Agora, se Cid ficou insatisfeito com sua colocação, com todo o respeito, essa é outra questão.

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Seu cliente admite ter presenciado algum movimento golpista ou antever alguma medida para tentar driblar o resultado eleitoral? Ele não participou de absolutamente nada, de nenhum movimento. Ele tomou conhecimento de uma reportagem que foi feita por alguma organização, e a mídia também tomou conhecimento dela, que falava sobre a inadequação das urnas. Tanto é que basta ler os depoimentos dos [ex-comandante do Exército] FreireGomes, [ex-comandante da Aeronáutica] Baptista Júnior, do próprio Mauro Cid. A única parte que foi extraída do depoimento, e é uma colaboração absolutamente confidencial, em relação ao meu cliente é apenas o fato de ele ser radical, nada mais.

Onde estava o general no dia 8 de janeiro? Estava almoçando com minha família e já estamos tentando apresentar o comprovante de pagamento. Ele não participou [do 8 de janeiro]. E a orientação era que ninguém desse movimento descesse na Esplanada porque tinha gente infiltrada. Foi orientação dele, e isso está transcrito no relato.

O que justifica sua prisão? O injustificável. Ele está preso por causa dessa minuta eletrônica que foi elaborada em novembro de 2022 e que não foi apresentada a absolutamente ninguém. Agora, com o maior respeito, por que a autoridade policial tenta constantemente vincular esse projeto ao monitoramento do 15 de dezembro? Para justificar a prisão. Mas este projecto não é vinculativo. E, repito, a autoridade policial diz que esta minuta trata da execução do ministro Alexandre Moraes. Quero que me mostre a linha onde aparece o ministro Alexandre de Moraes. E ele está preso por um fato que não é contemporâneo. Foi submetido à primeira medida cautelar em fevereiro de 2024 e preso em novembro de 2024. Quero saber durante este período que medidas tomou que colocariam em risco a ordem pública ou a aplicação da lei no processo penal. A decisão não diz isso.

Você nega plano de assassinato, mas o documento menciona ‘envenenamento’. O envenenamento é um efeito colateral que ele explicará oportunamente e de maneira que envolva a doutrina militar. Mas veja, para você envenenar, você tem que dizer quem vai envenenar, que tipo de veneno é, quando vai ser, como vai ser, com quem vai ser, quem vai se infiltrar. Ou é fácil entrar num hospital e administrar veneno a um paciente? Se me disserem que é muito fácil entrar num hospital onde o Presidente da República está a fazer algum procedimento e envenenar um presidente, então não irei mais aos hospitais. Estou tratando do assunto de forma técnica.



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