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A Editorial Sul
| 12 de janeiro de 2025
Dino suspendeu o repasse para 13 entidades do terceiro setor que não adotam mecanismos de transparência adequados.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Dino suspendeu o repasse para 13 entidades do terceiro setor que não adotam mecanismos de transparência adequados. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu neste domingo (12) dar 30 dias para que o governo federal e os Estados publiquem normas para que as instituições de Ensino Superior e suas respectivas Fundações de Apoio possam informar sobre o uso de recursos parlamentares alterações.
A decisão surge na esteira de fiscalizações realizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apontaram problemas de transparência em 26 organizações não governamentais (ONGs) que receberam recursos de emendas parlamentares.
Após a auditoria, Dino suspendeu o repasse para 13 entidades do terceiro setor que não adotam mecanismos de transparência adequados ou não divulgam informações sobre a aplicação de recursos decorrentes de emendas parlamentares.
No despacho deste domingo, o ministro do STF determinou que o Ministério da Educação (MEC), a CGU e a Advocacia-Geral da República (AGU) providenciem a publicação de normas e diretrizes para que haja adequada aplicação e responsabilização em relação às emendas parlamentares. instituições federais, com transparência e rastreabilidade, pelas Instituições de Ensino Superior e suas respectivas Fundações de Apoio.
Segundo Dino, por simetria, os Estados também devem proceder da mesma forma, com o objetivo de orientar a aplicação e a responsabilização das emendas parlamentares federais pelas entidades de ensino.
“Há relatos nos autos de que tais Fundações, através da contratação de ONGs sem critérios objetivos, têm servido de instrumento de transferência de valores decorrentes de emendas parlamentares”, escreveu o ministro.
Na semana passada, Dino determinou a suspensão dos pagamentos atribuídos por alterações parlamentares a 13 organizações não governamentais que não cumprem critérios de transparência. A decisão do ministro ocorre após a CGU informar, em relatório, que metade das 26 entidades fiscalizadas não possuem mecanismos adequados para fiscalizar a aplicação dos recursos.
Das 13 entidades que tiveram recursos de alteração bloqueados, oito são fundações ligadas a universidades públicas. Ao Supremo, eles negaram irregularidades e pediram a liberação dos pagamentos. Foram destinados R$ 54 milhões a essas fundações.
Dino também determinou:
– realização de auditoria da CGU nas 13 ONGs que não seguem os critérios de transparência; e estabelece prazo de 60 dias para apresentação de relatório sobre o tema;
– a intimação das outras 9 entidades que não atendem integralmente aos critérios para cumprirem a determinação de transparência no prazo de 10 dias;
– e o cadastramento dessas ONGs nos sistemas de Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) e na lista de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM).
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Ministro do Supremo Flávio Dino dá 30 dias para governo e estados publicarem regras de contabilização de emendas
12/01/2025
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