Bolo com arsênio: presa praticava homicídio em série, diz polícia

Bolo com arsênio: presa praticava homicídio em série, diz polícia



Deise Moura dos Santos era uma serial killer, segundo informou a Polícia Civil do Rio Grande do Sul em entrevista coletiva nesta sexta-feira (1/10). Ela está presa, suspeita de ter matado três familiares ao envenenar um bolo com arsênico, em Torres (RS). A guloseima foi feita pela sogra e servida em reunião de família.

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Além dos familiares mortos na véspera de Natal, a suspeita é que ela também tenha envenenado o sogro, Paulo dos Anjos. Ele faleceu em setembro de 2024. Na época, a causa da morte foi registrada como “complicações de uma infecção intestinal”. Seu corpo foi exumado e, segundo o G1, ele também ingeriu arsênico.

Segundo o portal, o corpo passou por exames do Instituto Geral de Perícias (IGP). Ele morreu após comer banana e leite em pó, que foram dados por Deise. Ele morava em Arroio do Sal, mesma cidade da nora.

Segundo o Instituto Geral de Perícias, os exames apontaram que é “impossível” que a morte do sogro tenha ocorrido acidentalmente. A Polícia Civil afirmou que Deise tentou providenciar a cremação do corpo do sogro, mas não conseguiu porque precisava da autorização de dois médicos.

“Há fortes indícios de que ela tenha causado outras intoxicações em pessoas próximas da família (…) Portanto, seria uma pessoa que praticou homicídios em série e tentativas de homicídio”, declarou a delegada regional Sabrina Deffent, em entrevista coletiva.

Veneno comprado online

A investigação também mostrou que Deise pesquisou na internet uma receita de veneno inodoro e insípido, que foi o que ela usou para matar o sogro. Com o sucesso da receita, ele repetiu a dose no bolo, que deveria ter sido consumido por apenas três pessoas.

Segundo a Polícia Civil, Deise “pesquisou, comprou, recebeu e usou veneno” para matar as vítimas. Os investigadores afirmam que ela fez quatro compras do produto em um período de cinco meses, “uma antes da morte do sogro e as outras antes do envenenamento de outros familiares”.

Segundo a PC, ela matou quatro pessoas e tentou matar outras três, além de haver indícios de que tentou matar ainda mais pessoas. O delegado de Torres, Marcos Veloso, afirma que a suspeita teve uma “atitude fria, com respostas sempre na ponta da língua” durante seus depoimentos. Ela também parece estar muito calma.

“Provavelmente o suspeito não sairá da cadeia nesta vida”, disse o Subchefe de Polícia, Delegado Heraldo Chaves Guerreiro. A suspeita escreveu uma mensagem a uma pessoa próxima, que foi apresentada na coletiva de imprensa: “Quando eu morrer, cuide do meu filho e reze muito por mim, porque quando eu morrer provavelmente não irei para o paraíso”. .”

Lembre-se do caso

Seis pessoas da mesma família adoeceram no dia 23 de dezembro após consumirem um bolo. Três morreram: Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos.

Quem fez o bolo foi Zeli, que ficou internada após comer o bolo e foi parar na UTI. Ela deixou o hospital nesta sexta-feira. Um menino de 10 anos, neto de Neuza e filho de Tatiana, ficou vários dias internado, mas já está em casa.

Uma sexta vítima, um homem que não foi identificado, foi liberada após tratamento médico.



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