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A Editorial Sul
| 8 de janeiro de 2025
A expectativa é que a colheita chegue a 12,06 milhões de toneladas
Foto: EBC
A expectativa é que a colheita atinja 12,06 milhões de toneladas. (Foto: EBC)
Os preços recordes do arroz no mercado interno em 2023/24 levaram os produtores brasileiros a ampliar a área de cultivo em quase 10% nesta temporada. A expectativa é que a colheita atinja 12,06 milhões de toneladas, a maior dos últimos sete anos.
Essa produção deverá reduzir as importações brasileiras em 2024/25. As projeções são do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea). A previsão é de vendas externas de 2 milhões de toneladas, contra 1,3 milhão em 2023/24. As importações deverão cair 18%, totalizando 1,4 milhão de toneladas.
“Em toda a região arrozeira do Mercosul, a produção tem potencial para ultrapassar 16 milhões de toneladas”, destacou Evandro Oliveira, analista da Safras & Mercado.
No Brasil, a colheita terá início na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul em meados de fevereiro, com pico entre o final de março e início de abril. O processo industrial, que normalmente leva pelo menos 15 dias, visa garantir o melhor aproveitamento do produto.
A ampla oferta deverá pressionar os preços do arroz no mercado interno, principalmente no primeiro semestre. Segundo Oliveira, os valores devem variar entre R$ 80 e R$ 90 a saca de 50 quilos, o que representa um “empate” para os produtores, considerando custos bem administrados e alta produtividade.
Atualmente, a saca de arroz no Rio Grande do Sul custa R$ 99,08, segundo o Cepea. O pico do preço foi registrado em janeiro do ano passado, quando ultrapassou os R$ 131 por saca. Além de uma maior oferta, o setor enfrenta uma queda na procura interna.
“O varejo será peça fundamental na adaptação a esse cenário, com as marcas tradicionais tentando recuperar espaço em relação às marcas econômicas, voltadas para consumidores mais sensíveis a preço”, afirmou Oliveira.
As exportações continuarão a ser fundamentais para o equilíbrio dos preços. A alta do dólar, acima de R$ 6, deverá aumentar a competitividade do arroz brasileiro no mercado internacional, ampliando as oportunidades, mas exigindo cautela diante da concorrência em mercados importantes, como o africano, grande consumidor de arroz quebrado. “A meta de 2 milhões de toneladas (base casca) de embarques, já alcançada nas temporadas anteriores, será fundamental para evitar estoques elevados em 2026”, alertou Oliveira.
O Cepea destaca que, globalmente, as condições de cultivo são boas na maioria dos principais países produtores, com exceção das Filipinas. Isto deverá contribuir para uma produção recorde em 2024/25. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que a colheita global será de 533,86 milhões de toneladas, um aumento de 2,11% em relação a 2023/24.
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Produção de arroz no Brasil pode ser a maior em sete anos
08/01/2025
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