Apenas 10% dos municípios de Minas oferecem auxílio-creche

Apenas 10% dos municípios de Minas oferecem auxílio-creche



Pelo menos 217 mil crianças mineiras com idades entre zero e três anos não conseguem se matricular em creches da rede pública municipal devido a obstáculos no acesso ao serviço, segundo pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . Porém, apenas 10% dos municípios mineiros oferecem auxílio creche, ou “voucher” para educação infantil, como alternativa para familiares. O valor é pago às famílias para custear uma instituição privada até que haja vagas públicas.

O pesquisador responsável pelo levantamento do benefício em Minas Gerais, Leonardo Cabral, afirmou que não é possível precisar se esses municípios mineiros não pagam o auxílio porque não há necessidade, tendo assim atendido toda a demanda de inscrição em educação infantil, ou por negligência da gestão. . A pesquisa é inédita no instituto.

O número representa 86 municípios dos 853 mineiros que garantem acesso à rede privada em caso de falta de vagas. Dentre eles, apenas cinco oferecem dinheiro, três oferecem bolsa ou 40 oferecem vagas e 42 responderam “outros” à pesquisa, portanto, fazem parte do grupo que oferece alternativas para a falta de vagas na educação infantil, mas não o fizeram. especifique quais são para o instituto. .

A Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte informa que em 2024 havia 80.430 matrículas na educação infantil, sendo 50.812 matriculadas em rede própria e 29.618 em creches conveniadas. Não há necessidade de falar em lista de espera, pois o processo de inscrição/sobre-inscrição ainda não foi concluído. Atualmente não há previsão legal para a oferta de assistência creche em Belo Horizonte, o que não significa que o assunto não possa ser debatido no futuro.

No cenário nacional, o Amapá se destaca em primeiro lugar no ranking dos estados que mais oferecem o benefício: 68,8% dos municípios possuem programas de assistência creche. Enquanto isso, Espírito Santo, Rondônia e Acre não garantem alternativas. Dos 5.570 municípios brasileiros, 432 oferecem auxílio creche e 58,6% garantem vaga adquirida pelo governo, 6% oferecem auxílio em dinheiro e 3,2% garantem bolsas de estudo.

O maior número de crianças cujos familiares enfrentam problemas de acesso ao serviço está em São Paulo (267 mil), Minas Gerais (217 mil), Pará (205 mil); Bahia (204 mil) e Maranhão (137 mil). Ainda segundo o IBGE, no Brasil, 2,3 milhões de crianças de até 3 anos não frequentam creches. Isto significa que as famílias destas crianças gostariam de matriculá-las, mas enfrentam dificuldades como a localização das escolas, que são longe de casa, ou mesmo a falta de vagas.

O advogado especialista em Direito Público Bernardo Pessoa explicou que é dever do município oferecer educação até a conclusão do ensino fundamental. “Os municípios são obrigados a disponibilizar creches aos seus cidadãos. Se não houver vaga, é muito comum que esse tipo de questão seja levada à Justiça e o ente federado, o município, pague uma creche privada ou dê auxílio financeiro”, disse.

Licença maternidade

A Prefeitura de Belo Horizonte disponibiliza vagas em creches por meio de parceria público-privada. Atualmente, o Executivo mantém convênios com 244 instituições que atendem cerca de 30 mil crianças. No ano passado, o município também estabeleceu o Plano Municipal da Primeira Infância, que deve ser revisto a cada década. Em todo o estado, 89,8% não possuem Plano Municipal para a Primeira Infância.

Ainda segundo o IBGE, 47% dos municípios mineiros não possuem legislação municipal específica sobre a prorrogação da licença maternidade ou paternidade para servidores da gestão municipal e instituições com sistema próprio de ensino de educação infantil. “Cada município tem a liberdade de aumentar o tempo do benefício maternidade ou paternidade de acordo com o que quiser, só não pode reduzir o que está previsto na Constituição”, explica Pessoa.

Quem paga a ‘conta’?

As mulheres têm maior probabilidade de ficar em casa e cuidar dos filhos quando não há acesso a creches, por exemplo. Segundo a mesma pesquisa, em Minas Gerais, as mulheres pretas e pardas são as que mais dedicam tempo ao cuidado de outras pessoas e aos afazeres domésticos: em média, 23 horas semanais. As mulheres brancas, por sua vez, investem 22 horas por semana na economia do cuidado.

Os dados mostram ainda que o estado supera a média nacional de 22 horas para mulheres pretas e pardas e 20 horas para mulheres brancas. Minas é o nono pior estado do país em termos de tempo que as mulheres passam trabalhando não remunerado nos cuidados domésticos. Entre os estados da Região Sudeste, é em Minas Gerais que as mulheres passam mais tempo nessas atividades.

Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), tramita em primeiro turno o projeto de lei que institui a Política Estadual de Apoio à Economia do Cuidado, de autoria do deputado estadual Lud Falcão (Podemos).



emprestimo do inss

empréstimo para consignados

simular um empréstimo consignado

simular empréstimo picpay

simular emprestimo picpay

como fazer emprestimo no picpay

emprestimo consignado no inss

blue emprestimo

simulação empréstimo picpay

emprestimo consignado simulação

inss empréstimos

Máy tách hạt. 최신 온라인 슬롯.