07/06/2024 – 14:41
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Laura Carneiro recomendou aprovação da proposta
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria um programa nacional de atenção integral às pessoas com epilepsia no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O programa visa atender pessoas com epilepsia, a fim de reduzir suas manifestações e sequelas e combater a estigmatização social, por meio de campanhas educativas.
A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação do texto substituto da Comissão de Saúde ao Projeto de Lei 5538/19, de autoria do deputado Ruy Carneiro (Pode-PB).
Elaborado pelo deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), esse substitutivo retirou alguns pontos do texto original, como o que proibia a demissão de funcionários por crises.
Laura Carneiro também apresentou alterações para adequar o substitutivo às regras tributárias. O objetivo era evitar gastos extras para o SUS. “Para não comprometer a matéria, que é de relevante importância, consideramos pertinente apresentar alterações de adequação”, explicou.
Medidas
Pelo texto aprovado, o Ministério da Saúde deverá coordenar o programa de atenção integral às pessoas com epilepsia, desenvolver um sistema de informação para acompanhamento dos pacientes e organizar um cadastro específico, garantindo o sigilo das informações.
O atendimento integral ao paciente compreende:
- prestar atendimento especializado em todas as unidades de saúde;
- fornecer os medicamentos necessários para tratar a epilepsia;
- realizar procedimentos cirúrgicos;
- disponibilizar exames relacionados à epilepsia, incluindo exames de imagem e genéticos; Isso é
- garantir leitos para internação e vagas para atendimento ambulatorial; Isso é
Os pacientes com epilepsia terão prioridade nos estabelecimentos de saúde públicos e privados para realização de exames, sem prejuízo dos demais grupos prioritários. Além disso, pacientes submetidos a cirurgia para tratamento de epilepsia terão direito a acompanhante durante todo o período de internação.
Profissionais da educação e trabalhadores do transporte público também serão treinados, segundo o programa, para reconhecer os sinais das crises epilépticas e prestar atendimento. O texto também garante ao paciente horário de trabalho especial para permitir o tratamento.
Próximos passos
O projeto agora será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Em seguida, seguirá para o Plenário.
Relatório – Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein
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