Lei cria empresa pública para desenvolvimento de projetos aeroespaciais – Notícias

Lei cria empresa pública para desenvolvimento de projetos aeroespaciais – Notícias


01/06/2025 – 13h05

Warley de Andrade/TV Brasil

A empresa atuará, por exemplo, em lançamentos na Base de Alcântara (MA)

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o Lei 15.083/25que cria a Alada, estatal focada em projetos aeroespaciais. A lei, publicada nesta sexta-feira (3) no Diário Oficial da União (DOU), autoriza a exploração econômica da infraestrutura aeroespacial.

A Alada é subsidiária da NAV Brasil, empresa estatal vinculada ao Ministério da Defesa, criada em 2020 para administrar serviços de navegação aérea que antes eram de responsabilidade da Infraero. Com foco na pesquisa, desenvolvimento e comercialização de tecnologias aeroespaciais, o objetivo da Alada é fortalecer a atuação do Brasil no setor, permitindo que o país participe mais ativamente do mercado internacional de satélites e lançamentos espaciais.

Alado
A subsidiária pode desempenhar diversas funções estratégicas. Entre eles estão:

  • desenvolvimento e comercialização de tecnologias para navegação aérea e espacial;
  • pesquisa e certificação de equipamentos aeroespaciais;
  • proteção e gestão da propriedade intelectual para inovações na área;
  • apoio ao Comando da Aeronáutica em projetos de melhoria do controle do espaço aéreo; e
  • gestão e operação de redes de satélite.

Além disso, a nova empresa poderá ser contratada para executar projetos estratégicos do Comando da Aeronáutica, utilizando recursos do Fundo Aeronáutico.

Estrutura
Nos primeiros quatro anos de operação, a controlada poderá contratar temporariamente técnicos e funcionários administrativos para garantir seu funcionamento inicial. Essas contratações serão consideradas de interesse público e seguirão as regras definidas pelo Conselho de Administração da NAV Brasil.

A lei também permite que servidores públicos e militares sejam designados para trabalhar na nova empresa. Caso isso aconteça, a controlada terá que ressarcir os órgãos originadores pelos custos desses profissionais.

Além disso, a controlada poderá oferecer planos de previdência complementar aos seus empregados, por meio da adesão a entidade fechada de previdência já existente.

Outro ponto da lei é a possibilidade de a União assumir o controle direto da subsidiária. Isso poderia ocorrer por meio da transferência das ações da NAV Brasil para o governo federal, sem ônus para a União. Esta medida permitiria ao governo ter maior controle sobre os projetos da subsidiária e sua integração com as políticas nacionais para o setor aeroespacial.

Origem da lei
A criação da Alada foi proposta pelo Poder Executivo (Projeto de Lei 3.819/24). O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados, com parecer do deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), e pelo Senado.

Para Agostinho Coutinho, a nova estatal, “ao preencher uma lacuna na indústria nacional, contribuirá para a geração de empregos e para o desenvolvimento da investigação e inovação em sectores estratégicos”.

Da Agência Senado
Edição – MB



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