Bebês morrem devido ao clima extremo em Gaza

Pelo menos sete bebés morreram devido ao frio e à falta de abrigo na Faixa de Gaza. Uma atualização da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados Palestinianos, Unrwa, revela que há 7.700 recém-nascidos sem cuidados essenciais.

A agência afirma que apesar dos imensos desafios, enviou uma equipe na semana passada para⁠ ⁠instalar janelas em alguns dos locais de recepção que foram danificados.

Falta de água e comida

Em pleno inverno, muitos palestinos deslocados vivem em tendas feitas de tecido e náilon, enfrentando problemas como a falta de itens essenciais, incluindo água e alimentos. Ainda há grave escassez de roupas, cobertores e aquecimento.

Na semana passada, muitas tendas foram submersas e arrastadas pelos ventos, deixando muitas pessoas expostas e agravando ainda mais o risco enfrentado pelas crianças.

A última atualização da Unrwa destaca a ação no terreno, que recolheu 2.400 toneladas de resíduos e forneceu 45.000 metros cúbicos de água potável para uso doméstico.

Urwa declarou que as suas ações só poderiam ser substituídas no futuro através de um “Estado palestiniano funcional”, que seja estabelecido com vontade política e diplomacia e resolva a situação dos refugiados.

Apoio essencial desde o início do conflito

A agência afirma que este é o momento de “mudar o ritmo”, definir prioridades e trabalhar pela paz na zona, onde prestou apoio a 2 milhões de pessoas desde o início do conflito.

Foram realizadas mais de 6,7 milhões de consultas médicas, ou mais de 1,6 mil por dia, com destaque para 730 mil consultas na área da saúde mental e apoio psicossocial.

Outras medidas incluem a vacinação de 560.000 crianças com menos de 10 anos contra a poliomielite, quase 2 milhões de pessoas que recebem assistência alimentar e milhares de pessoas deslocadas que vivem em abrigos de agências.

A Unrwa também indica a prioridade de ajudar as crianças a regressar a um ambiente de aprendizagem. No verão, o tipo de atividade atingiu 18 mil alunos. Antes da guerra, a Unrwa garantia a educação de mais de 300 mil menores.

Os cuidados de saúde primários na Cisjordânia atingiram meio milhão de refugiados palestinianos

Na Cisjordânia, cerca de meio milhão de raparigas estavam matriculadas nas escolas. Os cuidados de saúde primários no terreno chegaram a meio milhão de refugiados palestinianos, num trabalho que a agência tem sido a única agência da ONU a prestar.

Última grande unidade de saúde

No entanto, após o ataque das forças israelitas que na semana passada desactivaram as operações do Hospital Kamal Adwan, a última unidade de referência no norte de Gaza, a Organização Mundial de Saúde, OMS, apelou mais uma vez a Israel para libertar o director Hussam Abu Safiya.

Esta segunda-feira, o órgão destaca que foram verificadas 50 agressões na unidade de saúde ou perto destas instalações desde outubro de 2024.

Do lado alimentar, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, FAOrelata que a captura diária caiu para 7,3% dos níveis de 2022 devido à guerra na Faixa de Gaza.