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A Editorial Sul
| 23 de dezembro de 2024
A decisão de Dino atendeu a um pedido do PSOL
Foto: Jeferson Rudy/Agência Senado
A decisão de Dino atendeu a um pedido do PSOL. (Foto: Jeferson Rudy/Agência Senado)
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino determinou nesta segunda-feira (23) a suspensão do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e determinou que a PF (Polícia Federal) abra inquérito para apurar a liberação desse valor .
As emendas parlamentares são uma reserva do orçamento público, utilizada conforme indicação de deputados e senadores. Esse é o dinheiro enviado pelos parlamentares às suas bases eleitorais. A execução do dinheiro é de responsabilidade do governo federal.
A decisão de Dino atendeu a um pedido do PSOL, que apontou irregularidades na destinação de R$ 4,2 bilhões em emendas da comissão. Esse tipo de emenda, que não exige pagamento obrigatório, é recomendada por comissões temáticas do Congresso, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado. Essa modalidade foi impulsionada depois que o STF derrubou as emendas do relator.
O PSOL questionou o ofício no STF que autorizou o repasse de recursos das emendas da comissão. O documento solicitando a liberação do dinheiro foi enviado no dia 12 deste mês ao Palácio do Planalto pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e assinado por 17 líderes partidários na Câmara.
No mesmo dia, Lira cancelou todas as sessões da comissão que estavam marcadas até 20 de dezembro, último dia de trabalho na Câmara em 2025. A decisão do parlamentar citou “a necessidade de o plenário da Câmara dos Deputados discutir e votar propostas de relevante interesse nacional”.
“Não é compatível com a ordem constitucional, notadamente com os princípios da administração pública e das finanças públicas, continuar este ciclo de denúncias, nas tribunas das Casas do Congresso Nacional e na mídia, sobre obras mal executadas; apropriação indevida de recursos identificada em auditorias dos Tribunais de Contas e Controladorias; malas com dinheiro apreendidas em aviões, cofres, armários ou atiradas pelas janelas, face às reiteradas operações policiais e do Ministério Público”, escreveu Dino na decisão.
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Ministro do Supremo Flávio Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares
23/12/2024
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