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A Editorial Sul
| 21 de dezembro de 2024
Braga Netto foi preso pela Polícia Federal no dia 14 deste mês, no Rio de Janeiro
Foto: Isac Nóbrega/PR
Braga Netto foi preso pela Polícia Federal no dia 14 deste mês, no Rio de Janeiro. (Foto: Isac Nóbrega/PR)
A PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (20) parecer contra a soltura do general Walter Braga Netto, preso pela PF (Polícia Federal) no dia 14 deste mês no Rio de Janeiro . Janeiro, no âmbito das investigações sobre a alegada tentativa de golpe de Estado.
A manifestação da PGR foi motivada por um pedido da defesa do general para que a prisão fosse substituída por outras medidas que não a detenção. Os advogados alegaram ainda que as acusações de que Braga Netto participou da trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam de acontecimentos passados e não há contemporaneidade que justifique a prisão preventiva.
Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, continuam válidos os motivos que fundamentaram a prisão do general. Segundo Gonet, as medidas cautelares não são suficientes para garantir a ordem pública, a comodidade da investigação criminal e para garantir a aplicação do direito penal.
“As tentativas do investigado de dificultar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, haja vista que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução. O enquadramento factual denota, assim, risco de continuidade criminosa por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento da contemporaneidade”, explicou o procurador.
Braga Netto foi preso por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, relator do inquérito golpista que tramita na Corte.
Segundo investigações da PF, o general reformado e vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022 estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de estado no país para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
A PF identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados confidenciais de Mauro Cid, ex-ajudante de campo de Bolsonaro. Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.
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Procuradoria-Geral da República envia parecer ao Supremo contra libertação do general Braga Netto
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