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A Editorial Sul
| 19 de dezembro de 2024
O criminalista pede ainda que Braga Netto seja ouvido pela Polícia Federal.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O criminalista pede ainda que Braga Netto seja ouvido pela Polícia Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Um dia depois de assumir a defesa do general Walter Braga Netto, o advogado José Luís Oliveira Lima disse à CNN que o discurso do tenente-coronel Mauro Cid sobre a participação do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado é “ficção”.
O criminalista pede ainda que Braga Netto seja ouvido pela Polícia Federal (PF) para apresentar sua versão dos fatos. Em fevereiro, ao ser convocado, o general optou pelo silêncio.
“A fala do Cid é fantasiosa, mentira, ficção”, disse o criminalista nesta quinta-feira (19).
O advogado destacou ainda que o ex-ajudante de Jair Bolsonaro mudou de depoimento ao ser ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 21 de novembro. O esclarecimento à Corte foi prestado após a PF apontar omissões e contradições nas declarações anteriores de Cid.
“Em março, ele prestou depoimento, mas mudou a versão agora, quando corria o risco de perder a delação”, afirma.
No novo depoimento, Mauro Cid revelou que Braga Netto entregou dinheiro em uma sacola de vinho ao então major Rafael Oliveira, integrante das Forças Especiais, para execução pelos “meninos negros” do plano de tentativa de golpe de Estado. Ele disse ainda que o recurso veio de “gente do agronegócio”.
A defesa do ex-ministro nega e diz que a reunião que aconteceu na casa de Braga Netto foi apenas para que os militares pudessem dar um abraço no general. O advogado disse que Braga Netto nega ter conhecimento do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que consistia na execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
O planejamento teria sido elaborado pelo general Mário Fernandes, que nega que o documento tenha sido entregue a alguém. O ex-ajudante de campo disse ainda que o general procurou saber o teor da sua premiada colaboração através do contacto com o seu pai, o também general Mauro Lourena Cid.
O depoimento do ex-ajudante de Bolsonaro foi fundamental para que o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinasse a prisão de Braga Netto. O general quatro estrelas foi preso no último sábado (14) em sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro. O soldado está detido em uma sala da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, na capital fluminense. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.
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Fala de Cid sobre trama golpista é “ficção”, diz novo advogado de Braga Netto
19/12/2024
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