Os partidos de esquerda contemplam o avanço do domínio da extrema direita na Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara. Entre a inércia e a perplexidade, concordam mesmo com alguns dos fundamentos das propostas.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, agrupados no Partido Liberal, investiram com sucesso nas negociações com bancadas de centro-direita para aprovar duas propostas. Praticamente sem oposição.
Num deles, pretendem encerrar o semestre legislativo com a aprovação pela comissão de uma anistia ampla, geral e irrestrita para todos que “participaram ou apoiaram por qualquer meio” a fracassada tentativa de golpe após a derrota de Bolsonaro nas urnas, no dia 30. Outubro de 2022.
A amnistia seria válida para a insurreição de 8 de Janeiro e todos os crimes políticos relacionados até ao dia em que a eventual lei entrasse em vigor.
Esse projeto foi apresentado anteriormente a Bolsonaro pela presidente da comissão, Caroline De Toni, do Partido Liberal de Santa Catarina. Concordaram na escolha do relator, deputado Rodrigo Valadares, da União Brasil de Sergipe.
Inelegível até 2023, por decisão da Justiça Eleitoral, Bolsonaro é o principal beneficiário desta iniciativa legislativa.
Mais um projeto que a bancada de extrema direita avançou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara impõe mordaça ao Supremo Tribunal Federal e retira o direito de qualquer pessoa ir à Justiça com ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
Impede que o STF analise, discuta ou julgue questões tratadas nos últimos cinco anos “em qualquer fase de tramitação ou após votação” no Congresso Nacional.
Na Câmara, por exemplo, havia 166.793 propostas em tramitação ao final do expediente desta quarta-feira.
O relator do projeto, deputado Gilson Marques, de Novo de Santa Catarina, argumentou sobre o aborto para explicar como seria, a seu ver, a aplicação da eventual lei: “O aborto, hoje, é definido por lei. Há diversas propostas tramitando aqui na Câmara para mudar o que já foi definido. O STF não pode – simplesmente não pode – decidir sobre o aborto. Por que? Porque já existe legislação específica e diversas propostas já tramitam na Câmara, embora não estejam definidas (votadas). Isto porque existe uma decisão consciente por parte desta Assembleia de não decidir. E esta decisão consciente de não decidir e de manter o processo na agenda (de votação) significa que a população não aceita esta nova decisão. É só isso.”
Muito além do conflito aberto com o Judiciário, especialmente o STF, e da lógica dos radicais da direita parlamentar, chama a atenção a reação rarefeita dos partidos de esquerda no plenário da comissão mais relevante da Câmara. E, mais ainda, a convergência de opiniões sobre alguns aspectos fundamentais.
“Devemos discutir o ativismo judicial”, concordou, por exemplo, o líder do Partido Comunista do Brasil, Orlando Silva. “Devemos discutir o papel dos Poderes e o que fazer para que haja harmonia entre eles, cada um no seu quadrado. Sim, há necessidade de refletir sobre o ativismo judicial”.
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