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A Editorial Sul
| 5 de junho de 2024
O programa Mover visa reduzir as emissões de carbono da indústria automobilística. (Foto: Freepik)
O Senado aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (5), com 67 votos a favor, o texto principal do projeto que cria o Programa de Mobilidade e Inovação Verde (Mover), que tem como objetivo reduzir os índices de emissão de carbono da indústria automobilística até 2030.
O programa Mover visa reduzir as emissões de carbono da indústria automobilística. O texto prevê benefícios fiscais para empresas que investem em sustentabilidade e também estabelece novas obrigações para a venda de veículos novos no país.
Pela proposta, empresas que investirem em pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologias sustentáveis para a indústria automotiva poderão receber créditos financeiros.
O artigo prevê que o governo federal poderá estabelecer obrigações ambientais para a comercialização de automóveis, tratores e ônibus novos no país.
O governo deve levar em conta, por exemplo, a eficiência energética e a reciclabilidade do veículo. O descumprimento poderá acarretar no pagamento de multas.
A proposta também cria uma espécie de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) “verde”, que poderá aumentar ou reduzir a alíquota do veículo com base no seu impacto ambiental. Na prática, quem polui menos pagará menos impostos.
Como os senadores alteraram o projeto, ele deverá retornar à Câmara para novas deliberações.
Em relação ao que foi aprovado na Câmara, os senadores retiraram do texto:
* a inclusão de bicicletas e bicicletas elétricas no regime de incentivos. O objetivo é reduzir a incidência do IPI nesse setor e desenvolver a indústria local;
* dispositivo que estabelece a política de conteúdo local para atividades de exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, aplicável ao regime de concessão;
*item que inclui a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) e particulados como critérios para definição do IPI de veículos.
Compras internacionais
O Senado aprovou então a tributação sobre compras internacionais de até US$ 50. O imposto de 20% sobre vendas, conhecido como “imposto da blusa”, impactará sites estrangeiros como Shopee, Shein e AliExpress.
O tema foi incluído no projeto Mover na Câmara dos Deputados. No entanto, o relator do texto no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), excluiu do projeto a retomada do imposto de importação sobre vendas de lojas estrangeiras. Após acordo com o governo, os senadores devolveram o tema ao projeto.
A aprovação da tributação foi simbólica. Ou seja, não houve registro do voto de cada parlamentar no painel eletrônico. Este foi um acordo entre a base e a oposição para não desgastar os senadores, neste ano de eleições municipais, nem com o consumidor das lojas online estrangeiras nem com a indústria nacional, que reclama da falta de equalização da carga tributária .
Hoje, os produtos dessas lojas não estão sujeitos ao imposto de importação e, por isso, geralmente são mais baratos que os itens nacionais. Atualmente, apenas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual incide sobre compras no exterior, abaixo de US$ 50, à alíquota de 17%.
A Câmara só terá que deliberar novamente sobre pontos alterados pelo Senado. Este não é o caso da tributação. Após análise dos deputados, o projeto seguirá para aprovação do presidente Lula, que poderá mantê-lo ou vetá-lo.
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Senado aprova programa para carros sustentáveis
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