Globo inaugura maior estúdio de produção virtual d…

Seis anos depois da novela ir ao ar Deus salve o rei (2018), 60% produzido em bases digitais, a TV Globo atingiu novos patamares em inovação tecnológica. Na quinta-feira, 12, a emissora inaugurou um estúdio permanente focado em produção virtual, que já é considerado o maior da América Latina. Localizado nos Estúdios Globo, em Curicica, Zona Oeste do Rio, o novo espaço tem mais de 1.500 metros quadrados e reúne câmeras de alta precisão, recursos de inteligência artificial e realidade aumentada em mais de 300 metros quadrados de telas de LED. A coluna GENTE esteve no local conferindo o novo espaço. “A abertura deste estúdio abrirá um caminho enorme de possibilidades para nós. Reúne o melhor da tecnologia com a nossa capacidade de reconstruir ambientes físicos, combinando talento humano e tecnologia para quebrar barreiras”, explicou. Amauri Soaresdiretor executivo dos Estúdios Globo e TV Globo.

Segundo o diretor de pós-produção e design, Fernando Alonsoos planos de construção do espaço começaram há um ano e meio, após uma análise de mercado em Hollywood. “Fomos para Los Angeles, fizemos alguns estudos, mas trouxemos a ideia para cá e fizemos do nosso jeito”, lembrou. Segundo Alonso, para viabilizar a ideia foram investidos de 2 a 3 milhões de reais apenas em processamento de imagens, o que não fica atrás das produções de Hollywood. Só para dar um exemplo, a tecnologia é a mesma usada pela Disney na série O Mandalorianodo universo de Guerra nas Estrelas.

O lançamento do estúdio pega carona na comemoração dos 100 anos do jornal O Globo60 anos de TV Globo, 30 anos de Estúdios Globo e dez anos de Globoplay. Entre os projetos em destaque está o documentário O século do globono centenário do veículo. Combinando recursos de inteligência artificial com imagens reais, foram recriadas redações de três épocas diferentes – décadas de 1930, 1960/70 e 1980. “Essa ferramenta é extremamente versátil. Nosso desafio foi recriar lugares que não existem mais, como a redação de O Globo em seus primeiros anos, usando apenas fotos de arquivo como referência. Poder reproduzir esses ambientes com tanto realismo, a ponto de emocionar os entrevistados ao entrarem no set, nos enche de orgulho”, comemorou Gian Carlos Bellottidiretor artístico do documentário.

Embora seja tecnologia de ponta, outros avanços já estão no radar da Globo. Diretor de tecnologia de conteúdo da Globo, Marcelo Bossoni acrescenta que este pode ser o primeiro de muitos estudos para futuras ferramentas: “Essa tecnologia pode começar a fazer parte de outros estúdios em um formato completamente diferente. Tudo evoluiu muito rapidamente. O painel LED e a tecnologia do processador que temos são diferentes de quando começamos a estudar, há um ano e meio. Hoje começamos a pensar em histórias e algumas delas que podem ser contadas aqui.”