O Projeto de Lei Complementar (PLP) 148/2023, que regulamenta a nova composição das bancadas e que poderá garantir mais um deputado federal para Minas Gerais, divide opiniões no parlamento e a palavra final sobre o assunto pode acabar com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em agosto do ano passado, a Corte estabeleceu o prazo até 30 de junho do ano que vem para que a Câmara dos Deputados editasse uma lei com a nova composição das bancadas dos estados, mantendo o mesmo número de parlamentares, mas com redistribuição de cadeiras.
Segundo o STF, a distribuição das 513 cadeiras na Câmara deverá seguir dados do último censo populacional de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ano passado.
Segundo o PLP 148/2023, de autoria do parlamentar Rafael Pezenti (MDB-SC), levando em consideração o último Censo, sete estados (RJ, BA, PB, PE, PI, RS, AL) poderão perder deputados, enquanto sete podem ganhar , incluindo Minas Gerais. Pará, Santa Catarina, Amazonas, Ceará, Goiás e Mato Grosso também podem adicionar uma cátedra. Outros 12 estados e o Distrito Federal permanecem com a composição atual. A proposta prevê ainda o recálculo automático das vagas a cada novo levantamento populacional.
Quem perde e quem ganha deputados conforme proposta em discussão na Câmara dos Deputados
Arte/Estado de Minas
Insatisfação
O PLP estava previsto para ser analisado na próxima semana pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas a bancada do Rio de Janeiro, estado que pode perder quatro deputados, conseguiu adiar a discussão.
O deputado Chris Tonietto (PL-RJ) chegou a questionar os dados do Censo, alegando que os números da pesquisa estão desatualizados e não correspondem à realidade, já que nenhum recenseador sobe os morros do estado por causa da violência.
No dia 11, o PLP voltaria novamente à pauta da CCJ, mas outro requerimento, também dos deputados cariocas, já aprovado, propunha a realização de uma segunda audiência para discutir o projeto. A primeira foi realizada em agosto.
Alternativa
A pressão agora dos estados que perderão cadeiras é para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), instale uma comissão especial para debater a proposta que divide opiniões.
A criação desta comissão conta com a aprovação do deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), membro da CCJ.
Ele afirma que, embora Minas Gerais possa conquistar uma cadeira, é preciso discutir a proposta com mais profundidade, pois a questão está dividindo o plenário não por questões ideológicas, mas regionais. “Temos que discutir esse projeto com mais clareza e buscar consensos, e não cada um pensar única e exclusivamente no seu estado, esquecendo-se do interesse maior que nos une, que é a nossa grande e querida pátria brasileira”.
Outra proposta, também apresentada pelos deputados do Rio de Janeiro, prevê que, no segundo ano de cada legislatura, seja realizado um Censo para determinar a população, e que, se necessário, sejam aumentados os assentos, com a perda de assentos sendo proibido por qualquer motivo. estado e garantiu o número mínimo de 513 deputados independentemente dos dados populacionais.
A decisão do STF foi tomada atendendo a um pedido do governo do Pará, que ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), alegando que a composição atual é a mesma desde 1993, apesar de a população paraense ter crescido. O estado, atualmente com 17 deputados, pode passar para 21 deputados.
Na ação, o governo do Pará diz que o Congresso é omisso em relação ao tema regulamentado pelo artigo 45 da Constituição Federal, que estabelece que “o número total de deputados, bem como a representação por estado e pelo Distrito Federal, será instituído por lei complementar, proporcionalmente à população, fazendo-se os ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados”.
Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
A decisão do STF prevê que, caso a Câmara dos Deputados não cumpra a determinação de promulgar a lei no prazo estabelecido, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) distribuir as bancadas para a próxima eleição para a Câmara, em 2026.
emprestimo do inss
empréstimo para consignados
simular um empréstimo consignado
simular empréstimo picpay
simular emprestimo picpay
como fazer emprestimo no picpay
emprestimo consignado no inss
blue emprestimo
simulação empréstimo picpay
emprestimo consignado simulação
inss empréstimos