Ministros do governo Lula, como as Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiram com comemoração à prisão do general Walter Braga Netto, na manhã deste sábado, no Rio. “Ótimo dia”, escreveu Padinha nas redes sociais. “Mais um passo foi dado pela Justiça brasileira e pela Polícia Federal para mostrar que seremos firmes na punição daqueles que organizaram a tentativa de golpe no país que assassinaria pessoas como o presidente eleito, o vice-presidente eleito e o ministro do Supremo Tribunal Federal”, disse o ministro em vídeo nas redes.
Ele defendeu que não haja anistia para os envolvidos na trama da tentativa de golpe de Estado de 2022, que, segundo as investigações, pretendia manter Jair Bolsonaro no poder. Braga Netto foi ministro de Bolsonaro e seu vice-candidato nas últimas eleições presidenciais.
Gleisi citou o caso do dinheiro que foi entregue em uma caixa de vinho pelo general da reserva para financiar o plano de assassinato de autoridades. “Braga Netto foi preso preventivamente porque tentou atrapalhar as investigações policiais, depois que todos souberam que ele entregava dinheiro em caixas de vinho, participando de um plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Queriam continuar no Governo a qualquer custo, para continuar vendendo o país”, escreveu o líder petista.
Braga Netto foi preso pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teria agido para obter informações sigilosas do depoimento do ex-assessor Mauro Cid e dificultar as investigações. Gleisi finaliza o texto publicado nas redes que trata de Bolsonaro, dizendo que “com essas pessoas não pode haver impunidade. Punição para todos, começando pelo chefe inelegível. Sem anistia.”
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lembrou que sua irmã Marielle Franco era contra a intervenção federal na segurança do Rio liderada por Braga Netto. A ex-vereadora havia assumido, poucos dias antes de ser assassinada, em março de 2018, a relatora de uma comissão criada na Câmara para acompanhar a atuação dos militares. “Em 2018, Marielle se posicionou contra a intervenção no Rio e seu interventor General Braga Netto. Buscando a defesa da vida e a proteção da democracia”, escreveu Anielle, completando. “Quase 7 anos depois, o mesmo general é agora réu e foi preso por uma tentativa de golpe contra o nosso país.”
O titular da Secom, Paulo Pimenta também falou: “O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados pelos ataques à nossa democracia!”, postou o ministro.
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