Carlos Lisboa Travassosescolhido para continuar o trabalho extremamente importante de Bruna Pereira na região do Vale do Javari, prestou duro testemunho sobre a coluna nesta quarta-feira, 5, dois anos após a morte do maior indígena da história do Brasil.
Brutalmente assassinado e esquartejado na Amazônia ao lado do jornalista Dom Phillips, Bruno Pereira havia sido demitido da Funai, fundação que atuou até o cargo de coordenador geral dos Povos Indígenas Isolados e de contato recente. Quem o conheceu como eu sabe que ele nasceu para isso. Ele entendia o assunto como nenhum outro. Ele falava dialetos que só ele
Depois de liderar uma série de ações corretas para combater o garimpo ilegal na TI Yanomami, Bruno Pereira foi demitido do cargo pelo governo Bolsonaro por motivos óbvios. O resto da história termina tragicamente em 5 de junho de 2022, quando ele trabalhava para associações indígenas.
Hoje, o indigenista Carlos Lisboa Travassos, a pessoa mais preparada do país para trabalhar na Amazônia, reclama, assim como Bruno Pereira, da falta de presença do Estado na região, mesmo durante o governo Lula, que defendia uma mudança de política .
Leia abaixo os principais trechos do depoimento de Caros Travassos, hoje coordenador da EVU, equipe de Vigilância da Univaja, chefiada por Bruno, O coluna:
“Esses dois anos da morte do Bruno trazem muitas lembranças. Sinto muita falta do nosso amigo. Até hoje é difícil acreditar que ele não esteja mais aqui entre nós. E também nos faz pensar no que aconteceu desde então. Há um delegado da Polícia Federal que está empenhado em conduzir a investigação dos assassinos de Bruno da melhor forma possível, inclusive descobrindo o mandante. E ainda aguardamos julgamento para que parte da justiça seja feita. Acredito que, se o Bruno estivesse aqui, ele iria querer justiça pela sua morte para resolver o problema contra o qual ele lutava, que são as invasões do território, o garimpo em terras indígenas, a entrada de pescadores e caçadores em territórios indígenas. do Vale do Javari, principalmente povos isolados. Tem a retirada de madeira, o avanço da máfia internacional do tráfico de drogas, que tudo isso foi erradicado, ou pelo menos minimizado em uma escala muito pequena. E parte dessa justiça… acho que cada vez vemos mais longe.
No governo Bolsonaro, tínhamos todos os motivos para acreditar que a gestão não tinha interesse em mudar esse cenário aqui. Mas com a mudança de governo – será há um ano e meio – ainda vemos, pelo menos aqui na região do Vale do Javari, a presença muito pequena do Estado. Fora algumas ações específicas que estão comprometidas com funcionários do Ibama e da Funai, e que tentam fazer o que podem. A um nível superior das instituições, não creio que estejam preocupadas com esta mudança de cenário aqui. A maior justiça que poderíamos pedir ao Bruno é que esse cenário mudasse um pouco.
Estou preocupado com os indígenas que trabalham na equipe de vigilância da EVU e com os demais colaboradores que trabalham com eles, porque o nível de ameaça está aumentando e o tempo passa, as pessoas esquecem o que aconteceu. Não creio que demore muito para começar a haver outro tipo de ato de intimidação, até mesmo de violência. Então, essa é a preocupação hoje. Gostaria de expressar a nossa dor, nossa eterna indignação pelo que aconteceu com ele. Uma grande vergonha para os seus amigos, mas também para todos, para a nossa sociedade como um todo.”
PS – Como vocês podem perceber, leitores, Travassos fez denúncias semelhantes às feitas pelos indígenas do Vale do Javari há pouco mais de um mês.
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