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A Editorial Sul
| 11 de dezembro de 2024
Há três semanas, a PF indiciou 37 pessoas na mesma investigação, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Há três semanas, a PF indiciou 37 pessoas na mesma investigação, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (11) mais três pessoas no inquérito que investiga o suposto plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Os novos indiciados, todos militares, são:
– Aparecido Andrade Portella —substituta da senadora Teresa Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro;
–Reginaldo Vieira de Abreu;
–Rodrigo Bezerra de Azevedo;
Há três semanas, a PF indiciou 37 pessoas na mesma investigação, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro e candidato a vice-presidente, general Braga Netto. Os indiciamentos serão agora analisados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A previsão é que em fevereiro o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra aqueles que considera culpados da trama golpista.
Saiba o papel que a PF atribuiu a cada pessoa na suposta trama golpista:
Aparecido Andrade Portela é militar reformado e deputado da senadora Tereza Cristina (PL-MS), e é apontado pela Polícia Federal como um dos intermediários entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas. Visitou o Palácio da Alvorada pelo menos 13 vezes em dezembro de 2022, reforçando sua proximidade com Bolsonaro, com quem atuou em Nioaque (MS) na década de 1970.
Segundo a investigação, Portela utilizou o codinome “churrasco” em mensagens trocadas com Mauro Cid para se referir ao golpe de Estado. Mencionou que os financiadores exigiam a execução da “ruptura institucional” após aportar recursos, referindo-se a esses valores como “colaboração de carne”.
Além de arrecadar recursos, Portela sugeriu estratégias de ação para o movimento golpista e manifestou preocupação por não ser identificado como organizador dos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. As mensagens enviadas a Mauro Cid incluem prints de publicações pedindo informações sobre golpistas, que destaca seu medo.
Ao ser entrevistado pela PF, Portela exerceu seu direito ao silêncio. Contudo, os investigadores destacam que suas mensagens e visitas frequentes ao Palácio da Alvorada indicam sua participação ativa na organização dos atos golpistas.
Reginaldo Vieira de Abreu é coronel do Exército e foi chefe de gabinete do então secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes. Ele é acusado de espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral. Abreu chegou a levar um hacker à sede da PF em Brasília para tentar formalizar falsas denúncias contra urnas eletrônicas.
A investigação aponta que Vieira manipulou relatórios das Forças Armadas para alinhá-los com informações falsas divulgadas pelo argentino Fernando Cerimedo. Ele usou o termo “rataria” para se referir aos participantes das reuniões clandestinas e defendeu que a reportagem estava “pelo menos alinhada” com as mentiras divulgadas.
Vieira também teria repassado informações sobre o deslocamento do ministro Gilmar Mendes em novembro de 2022, período em que foi elaborado o anteprojeto do golpe que previa a prisão do ministro. Ele estava no mesmo voo que Mendes e compartilhou uma foto sua no aeroporto com outros investigadores.
A PF identificou que Vieira imprimiu um documento intitulado “Escritório de Crise” no Palácio do Planalto, que seria usado para assessorar Bolsonaro após o golpe. Assim como Portela, Vieira optou por permanecer calado durante seu depoimento.
Rodrigo Bezerra de Azevedo é major do Exército e integrante do Comando de Operações Especiais (Copesp). Azevedo é acusado de fazer parte do núcleo operacional do plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. O codinome “Brasil” estava associado a um número de telefone que ele utilizava para ações clandestinas.
A análise dos dados telefônicos revelou que dispositivos vinculados ao codinome “Brasil” estavam próximos à residência de Azevedo em Goiânia após a data da tentativa de assassinato, demonstrando sua ligação com a operação criminosa. Ele admitiu ter usado telefones celulares e chips anonimizados, uma prática comum em missões sensíveis do Exército.
A PF constatou ligações feitas por Azevedo para contas bancárias abertas fraudulentamente em nome de terceiros. Um desses números foi cadastrado no aplicativo Signal do celular do general Mário Fernandes, mostrando ligações com outros integrantes da organização criminosa.
Azevedo afirma que o celular utilizado na ação foi encontrado em uma sala da Copesp e que ele o utilizou sem saber de seu envolvimento anterior. Ele afirmou que o aparelho quebrou em 2023 e foi descartado, mas a PF considera que as evidências demonstram seu envolvimento direto no plano golpista. As informações são do portal de notícias G1.
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Polícia Federal indicia mais três pessoas na investigação de suposta trama golpista
11/12/2024
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