12/11/2024 – 15h31
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Delegado Éder Mauro sugeriu aprovação da proposta, com alterações
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que define, em Código Penalo crime de roubo de carga segurada. O texto prevê ainda que, nos casos de repercussão interestadual ou internacional, a investigação será conduzida pela Polícia Federal.
Pela proposta, o crime de furto de carga segurada é definido como o furto de mercadoria transportada sob qualquer forma, com valor coberto por seguro, com grave ameaça ou violência ou quando a vítima não resiste.
A penalidade esperada é isolamentode 4 a 10 anos, e multa, se não ocorrerem circunstâncias agravantes.
Haverá aumento de 1/3 na pena quando o crime for cometido:
- com uso de explosivos ou dispositivos incendiários;
- com uso de arma de fogo;
- com a concordância de pessoas (quando duas ou mais pessoas colaboram intencionalmente para cometer o crime);
- contra veículos automotores que transportam cargas de alto valor; ou
- contra motoristas e agentes de segurança privada.
opinião favorável
O texto aprovado é o substituir do relator, Deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA), para o Projeto de Lei 375/24, do Deputado Zé Trovão (PL-SC). A versão original prevê a criação de uma lei autônoma para definir o crime e colocar a investigação sob responsabilidade exclusiva da Polícia Federal.
“As classificações dessas condutas devem fazer parte do Código Penal, constituindo crime específico, para manter a coesão e a integridade do sistema jurídico penal brasileiro”, explicou o Delegado Éder Mauro.
“A Polícia Federal, por sua vez, terá o dever de investigar a infração quando houver repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, sem prejuízo da responsabilidade da Polícia Militar e da Polícia Civil”, continuou.
Segundo o relator, foram 7.108 casos de roubo de cargas no Brasil em 2023, com prejuízo estimado em mais de R$ 1 bilhão. Isso representa um aumento de 4,8% em relação ao período anterior.
“O roubo de cargas causa impactos significativos na economia, gerando prejuízos bilionários para as empresas e colocando em risco a vida de motoristas e agentes de segurança privada”, disse o deputado Zé Trovão, autor da proposta original.
Próximas etapas
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Em seguida, seguirá para o Plenário.
Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Da Reportagem/RM
Edição – Natalia Doederlein
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