A proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da regularização fundiária marítima, conhecida por alguns como “PEC da privatização das praias”, continua fervendo no cenário nacional. A discussão ganhou ainda mais atenção após a troca de farpas públicas entre a atriz Luana Piovani e o jogador Neymar, motivadas pelo projeto.
Nas redes sociais, o assunto divide opiniões. Enquanto alguns são contra a PEC, outros defendem a sua aprovação.
Há espaço até para o humor, como no vídeo publicado pelo perfil Joaquin Teixeira, que mostra casais dançando forró em uma praia durante uma competição inusitada. A brincadeira, porém, serviu de palco para comentários defendendo a privatização das áreas, com frases como “Para onde posso transferir para privatizar tudo? ” e “Privatize agora! Por favor!! ”.
Nunca mais veremos essas belas cenas se nossas praias forem privatizadas. Reflita. https://t.co/8NntBlsdvI
— Joaquin Teixeira (@JoaquinTeixeira) 4 de junho de 2024
O que há no jogo?
A PEC, que tramita no Senado Federal, busca regularizar as “terras marinhas”, faixa de terra que se estende por 33 metros após o ponto mais alto atingido pela maré. É importante destacar que a proposta não prevê a privatização do areal da praia em si, mas sim a regularização das áreas adjacentes, onde já existem empreendimentos como moradias, comércios e hotéis.
A lei atual determina que a União, proprietária do terreno marinho, pode autorizar o uso e até a transferência do terreno a herdeiros, mediante pagamento de tributos específicos. O texto em discussão no Senado propõe a venda dessas áreas para empresas e pessoas que já as ocupam.
Pontos de discórdia e principais argumentos:
Ao contrário da PEC:
Acesso democrático: A regularização deve dificultar o acesso das pessoas às praias, especialmente aquelas com baixos rendimentos.
Ambiente: Está preocupada com os impactos negativos na preservação ambiental do litoral.
Concentração de poder: Argumentam que a medida poderia beneficiar grandes empresas e grupos económicos em detrimento da população em geral.
Favorável à PEC:
Segurança jurídica: Argumentam que a regularização traz mais segurança jurídica aos ocupantes de terras da Marinha.
Desenvolvimento local:Acreditamos que a medida pode contribuir para o desenvolvimento económico das regiões regionais.
Organização urbana:Argumentam que a regularização permitirá um melhor planeamento urbano nas zonas costeiras.
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