Como autor de A Biblioteca da Meia-Noite transform…

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Na década de 1990, com 20 e poucos anos, o escritor inglês Matt Haig sofreu um colapso mental. Recém-formado na faculdade e procurando fugir das responsabilidades da vida adulta, refugiou-se em Ibiza, uma ilha boémia a leste de Espanha. “Havia muito álcool, muita droga. Eu era um jovem confuso e acabei gravemente deprimido”, lembrou o autor, hoje com 49 anos, em entrevista a VEJA. No auge da depressão, Haig pensou em pular de um penhasco, mas desistiu e foi internado em uma clínica para tratar a doença. Duas décadas e muitas sessões de terapia depois, ele retornou à ilha para se reconciliar com seu passado — uma jornada que influenciou seu novo livro, A vida impossívelambientado no local onde sua vida quase chegou ao fim. “Quando voltei, encontrei um lugar estranhamente tranquilo. Fui até o penhasco onde quase morri e me senti calmo. Então, eu queria expressar esse sentimento em palavras.”

A VIDA IMPOSSÍVEL, de Matt Haig (tradução de Juliana Romeiro; Bertrand Brasil; 378 páginas; 59,90 reais e 39,90 reais em e-book)
A VIDA IMPOSSÍVEL, de Matt Haig (tradução de Juliana Romeiro; Bertrand Brasil; 378 páginas; 59,90 reais e 39,90 reais em e-book) (./.)

Haig já escreveu sobre sua experiência com depressão e ansiedade em seu livro de memórias Razões para permanecer vivoum best-seller de 2014 que o estabeleceu como um improvável guru de autoajuda no Reino Unido. “Quando comecei a falar sobre isso, me senti livre. A doença mental tende a ser invisível. Não é tão óbvio como uma perna quebrada, embora seja igualmente doloroso”, explica ele. Mas a fama trouxe consigo um peso enorme: “Não sou médico, por isso tenho que me ater à minha experiência quando escrevo. E descobri que alguns leitores ficam irritados quando seu trabalho não os representa da maneira que desejam.”

O jeito era recorrer à ficção. Em A vida impossívelele aborda o tema através de elementos de fantasia. O livro acompanha uma professora aposentada que, cercada de luto pela morte do marido e do filho, sai da pequena cidade onde morava na Inglaterra em direção a Ibiza com passagem só de ida. Lá, ele descobre que a ilha possui propriedades mágicas. O enredo é um exemplo do chamado ficção de curaou a ficção de cura, fenômeno literário que prioriza histórias reconfortantes com mensagens motivacionais. Haig já havia excursionado pelo gênero com o hit A Biblioteca da Meia-Noiteque vendeu 10 milhões de cópias em todo o mundo, 600 mil só no Brasil. Nele, uma mulher no limiar entre a vida e a morte encontra uma biblioteca mágica que lhe permite voltar no tempo e mudar decisões passadas. “Não estou sugerindo que alguém possa superar a depressão apenas olhando para sua vida de maneira diferente. Procuro escrever sobre uma espécie de esperança honesta e realista: a de que as coisas podem mudar”, afirma. Buscar a luz no fim do túnel é possível – e ajuda a vender livros.

Publicado em VEJA em 22 de novembro de 2024, edição nº. 2920



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