21/11/2024 – 19h02
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Aureo Ribeiro: a proposta contribui para a transição energética do país, promovendo a geração de energia limpa e renovável
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou proposta que favorece a produção de energia elétrica, a partir de geração distribuída, por agricultores familiares e microempreendedores individuais (MEI).
Geração distribuída é o termo dado à energia elétrica gerada no ponto de consumo ou próximo a ele, sendo válida para diversas fontes de energia renováveis, como energia solar, eólica e hídrica.
O texto obriga o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) priorizar a alocação de recursos do Fundo de Apoio ao Trabalhador (GORDO) para financiamento de projetos de geração distribuída para esse público, considerando a demanda existente. O FAT é uma das fontes de recursos do BNDES.
O texto aprovado também obriga as distribuidoras de energia elétrica a adquirir créditos decorrentes da geração distribuída de consumidor que tenha financiado o projeto por meio do BNDES e seja classificado como agricultor familiar, empresário familiar rural ou MEI.
A proposta aprovada é uma substituir da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços ao Projeto de Lei 1.228/23, do deputado João Daniel (PT-SE), e ao Projeto de Lei 3.066/23, do deputado licenciado Zé Neto (PT-BA).
Para o relator, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), a proposta representa um importante avanço na democratização do acesso às energias renováveis e na redução de custos operacionais para esses segmentos. “A geração distribuída de energia elétrica, especialmente a partir de fontes renováveis como a energia solar fotovoltaica, representa uma solução viável e ambientalmente sustentável para reduzir os elevados custos de energia elétrica enfrentados pelos agricultores familiares.”
Ribeiro destacou que o texto contribui para a transição energética do país, promovendo a geração de energia limpa e renovável, reduzindo a pressão sobre o sistema centralizado de geração e distribuição e promovendo maior segurança energética por meio da diversificação da matriz.
A agricultura familiar, lembrou Ribeiro, faz uso intensivo de equipamentos elétricos em suas atividades, como bombeamento de água e sistemas de irrigação e iluminação. “A redução nos custos de energia elétrica permitirá que esses produtores direcionem mais recursos para suas atividades finais, fortalecendo a economia local e gerando empregos e renda”, afirmou.
Próximas etapas
O projeto será agora analisado em caráter conclusivonos comitês de Minas e Energia; de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). Para virar lei, a medida precisa ser aprovada por deputados e senadores.
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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Georgia Moraes
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