21/11/2024 – 09:33
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Comissão externa se reuniu nesta terça-feira (18)
Executivos da Voepass garantiram, em audiência pública na Câmara dos Deputados, que a empresa cumpriu todos os procedimentos de segurança na aeronave que caiu no dia 9 de agosto em Vinhedo (SP), matando 62 pessoas. Para entender as causas do acidente, o ex-diretor de Operações da empresa, Marcel Moura, reforçou que será necessário aguardar a conclusão das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
À semelhança de outros participantes na audiência, Marcel Moura garantiu que até ao momento a empresa não recebeu qualquer sugestão das autoridades para modificar os procedimentos operacionais ou de manutenção da aeronave.
Mora disse que a companhia aérea está cooperando com a investigação e ressaltou que os pilotos foram treinados, a aeronave foi despachada adequadamente e os sistemas estavam operacionais.
Sistema de descongelamento
A aeronave havia partido de Cascavel (PR) com destino a São Paulo. A investigação sobre as causas do acidente ainda está em andamento, mas há suspeitas de que possa ter havido problema no sistema de degelo da aeronave.
Segundo o deputado Newton Bonin (União-PR), relatórios do sistema interno da Voepass indicam que o avião caído já havia falhado no sistema de degelo em 2023.
O parlamentar afirmou que o sistema ficou inoperante em seis ocasiões em julho daquele ano e, pelo menos em uma das vezes, houve recomendação técnica para que o avião não viajasse para o Sul por causa das temperaturas mais baixas na região.
Newton Bonin questionou por que a previsão de forte gelo na trajetória da aeronave não foi considerada e se os pilotos foram forçados a voar mesmo nessas condições climáticas adversas.
O ex-diretor de manutenção da Voepass, Eric Cônsoli, admitiu que havia previsão de forte gelo na rota do avião e confirmou a orientação de que a aeronave não voasse para locais onde se formasse gelo. No entanto, ele não explicou por que o avião seguiu essa trajetória.
Falhas de voo
O coordenador da comissão externa, deputado Bruno Ganem (Pode-SP), destacou que o relatório preliminar do Cenipa traz evidências de que o piloto e o copiloto sabiam da existência de problema no sistema de degelo. Segundo o parlamentar, os dados mostram também que os comandantes não comunicaram a situação de emergência ao órgão de controle aéreo.
Ganem acredita que os pilotos teriam sido autorizados a descer se tivessem informado o sistema de controle de voo sobre o problema, e talvez o acidente pudesse ter sido evitado.
O deputado acrescentou que uma das ideias da comissão é sugerir uma lei que proteja os tripulantes que reportem falhas de voo, mesmo que eles próprios tenham sido os responsáveis pelo problema.
“A comissão tem estudado propor algum tipo de legislação para proteger o profissional que denuncia uma falha, mesmo que essa falha seja sua, para que não haja preocupação com possíveis consequências”, disse Ganem. estão na fuga, inclusive a dos próprios profissionais, vem em primeiro lugar”, considerou.
Manutenção de aeronaves
Questionado sobre a manutenção de aeronaves, o ex-diretor de Segurança Operacional da Voepass David Faria garantiu que todos os procedimentos da empresa são auditados.
Segundo o executivo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) compara os relatórios dos tripulantes com os dados de manutenção das aeronaves em inspeções que podem ocorrer de forma aleatória.
O ex-diretor da companhia aérea Eric Cônsoli acrescentou que, a cada dois anos, a empresa também passa por uma auditoria externa, realizada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo. Nessa fiscalização, segundo Cônsoli, especialistas internacionais avaliam cerca de dois mil itens relacionados à manutenção e demais procedimentos operacionais da empresa.
Relatório – Maria Neves
Edição – Rachel Librelon
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