A dura missão da série ‘Duna: A Profecia’, nova ap…

No universo da série Duna: a Profeciaque estreia às 23h do domingo, dia 17, na HBO e na plataforma Max, o mundo ainda se recupera de uma terrível guerra contra as máquinas pensantes, que, controladas pela inteligência artificial, quase levaram ao fim da espécie humana. A sociedade então retornou aos níveis pré-tecnológicos — terreno fértil para a irmandade de mulheres chamadas Bene Gesserit, donas de habilidades sobrenaturais, incluindo a capacidade de acessar memórias de ancestrais.

Esse dom é bem conhecido de quem leu os livros do americano Frank Herbert (1920-1986), autor da saga Dunaou assistiu às adaptações cinematográficas da obra. A série, neste caso, está especificamente ligada aos filmes Duna (2021) e Duna 2 (2024), de Denis Villeneuve, e se passa 10.000 anos antes dos acontecimentos estrelados pelo ator Timothée Chalamet como Paul Atreides. “O plano é trazer para a TV a mesma experiência imersiva dos filmes. Assim, uma história épica terá uma narrativa mais intimista”, disse o produtor executivo Jordan Goldberg, que tem títulos como Mundo Ocidental (2016-2022) e Interestelar (2014).

O pouso de Duna na televisão, segue uma tendência que se proliferou, em que grandes produções cinematográficas expandiram suas histórias para séries. Marvel e Star Wars fazem isso através da Disney. Agora, a HBO reforça a briga: este ano, o canal também lançou a minissérie Pinguimsobre o vilão do Batman, e em breve adaptará as aventuras de Harry Potter e sua turma para o formato. A onipresença dessas produções em diversos meios de comunicação as fortalece — e aumenta os lucros.

Com produção requintada, Duna: a Profecia segue a irmandade liderada pela Reverenda Madre Superiora Valya Harkonnen (a grande Emily Watson). O roteiro foca em sua ascensão e influência na corte do imperador Javicco Corrino (Mark Strong) e de sua esposa, a imperatriz Natalya (Jodhi May). A irmã de Valya, Tula (Olivia Williams), culpa os Atreides pela queda de sua outrora poderosa família – uma rivalidade que dura até os acontecimentos dos filmes. Enquanto isso, os experimentos genéticos se misturam ao ambiente religioso para criar um ser acima dos demais, capaz de conectar tempo e espaço. Para os muitos fãs de história, a viagem está garantida com este roteiro de outro mundo.

Publicado em VEJA em 15 de novembro de 2024, edição nº. 2919