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A Editorial Sul
| 15 de novembro de 2024
A PF recuperou dados que haviam sido apagados dos computadores do tenente-coronel Mauro Cid.
Foto: Reprodução
A PF recuperou dados que haviam sido apagados dos computadores do tenente-coronel Mauro Cid. (Foto: Reprodução)
Após a revelação de que a Polícia Federal (PF) recuperou dados apagados dos computadores do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de campo de Jair Bolsonaro foi convocado para prestar novo depoimento. A data e o horário já estão definidos: será nesta segunda-feira (18), às 14h, na sede da PF, em Brasília.
Segundo o advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, um dos delegados que cuidam do caso ligou para a defesa na tarde desta sexta-feira (15) e marcou nova audiência. A defesa diz que não vê razão para que o acordo de confissão de Cid seja reavaliado, justificando que todas as perguntas feitas até agora foram respondidas e que se algo ficou sem resposta foi por puro esquecimento.
“Ele vai responder tudo. Foram quatro anos de trabalho ao lado do ex-presidente Bolsonaro, não tem como lembrar de tudo”, reitera.
O advogado argumenta ainda que Mauro Cid está à disposição da PF e responde a todos os pedidos de depoimentos e explicações sempre que surgem novas informações “É comum que surjam novas informações e dúvidas e esse vaivém faz parte de quando você está colaborando ”, diz Bittencourt.
Cid informou dados
Com os dados em mãos, a PF conseguiu desvendar novas narrativas espalhadas entre alvos da investigação sobre a operação para impedir a posse do presidente eleito em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva. O cruzamento de dados fez com que a corporação tivesse que adiar a finalização do documento que resumirá as conclusões da investigação – e que poderá apontar para o indiciamento de Bolsonaro e de alguns dos seus colaboradores mais próximos.
As descobertas sobre os dispositivos de Cid também representaram um novo obstáculo à manutenção do acordo de colaboração assinado pelo ex-ajudante de campo de Bolsonaro com as autoridades. Nas palavras de um investigador, não é dada ao denunciante a possibilidade de sonegar informações aos investigadores, pois, para obter os benefícios do acordo, ele se compromete a dizer tudo o que sabe sobre os potenciais crimes em que participou ou se tornou consciente. .
Com isso, o peso do acordo de colaboração assinado pelo aliado do ex-presidente está sendo reavaliado. “O que precisamos entender é se o acordo ainda permanecerá em vigor.” Cid já foi gravado criticando a atuação da Polícia Federal, em mensagens obtidas pela revista Veja. A defesa do ex-ajudante de campo sempre afirmou que sua conduta é legal e exige cooperação absoluta com as autoridades. A informação é do blog de Daniela Lima, do portal de notícias G1.
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Polícia Federal convoca Mauro Cid para prestar novo depoimento nesta segunda-feira
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