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A Editorial Sul
| 14 de novembro de 2024
A legislação determina que, caso o segurado não retire o valor depositado pelo INSS no prazo de 60 dias, o banco deverá devolvê-lo integralmente ao órgão. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) procura os donos de R$ 8 bilhões não sacados entre janeiro do ano passado e setembro deste ano. Foi o valor que os bancos devolveram ao INSS referente a benefícios oferecidos pelo órgão, como aposentados e pensionistas, que o segurado não conseguiu sacar no prazo legal.
Do total, pouco mais de R$ 4,947 bilhões foram reembolsados no último ano. Entre janeiro e setembro deste ano, o valor revertido ultrapassou R$ 2,938 bilhões.
A legislação determina que, caso o segurado não retire o valor depositado pelo INSS no prazo de 60 dias, o banco deverá devolvê-lo integralmente ao órgão. A medida vale apenas para quem utiliza o cartão magnético da agência para transferir o benefício recebido.
Segundo o INSS, o objetivo é evitar pagamentos indevidos e tentativas de fraude, como saque por terceiros de benefícios de segurados já falecidos. E, por precaução, sempre que o valor depositado for devolvido por falta de movimentação, o INSS suspende os pagamentos futuros ao beneficiário.
Ainda segundo o INSS, o beneficiário pode solicitar a regularização da sua situação e a posterior liberação dos recursos a que tem direito.
Segundo a advogada especialista em Direito Previdenciário Renata Prado, não há prazo definido para o segurado entrar em contato com o INSS para receber o valor retroativamente.
“Pode ser, a qualquer momento, um ano depois, dois anos depois. Temos que entender por que eles não receberam. Faça a solicitação de um benefício não recebido, e depois receba os valores todos de uma vez, inclusive daquele mês”, explicou.
Ela destacou que essa situação pode acontecer, por exemplo, no caso de um beneficiário que solicitou revisão e evitou fazer o saque para questionar os valores.
“Nesse caso, vamos supor, se você chegar lá e o segurado não conseguir recorrer, ou entrar com uma ação judicial, o recurso for negado provimento, ou entrar com uma ação judicial e o valor não for revisado e continuar contribuindo durante esse tempo. ”, detalhou.
E continuou: “Nesse momento ela vai analisar o valor do benefício que é mais vantajoso: se é receber o valor lá atrás, que em tese é menor, mas receber todo esse benefício retroativo, ou passar a receber um valor maior valor”.
Presidente do INSS entre 2011 e 2012, o advogado especialista em direito previdenciário Mauro Hauschild disse que é comum que esse valor seja devolvido pelos bancos.
Como recuperar?
– Para regularizar a sua situação, o beneficiário deverá ligar para o 135 (opções 6 e 1), Centro de Atendimento do Ministério da Segurança Social. Também é possível acessar o portal Meu INSS e solicitar o pagamento de benefícios não recebidos.
– O beneficiário ou seus representantes deverão apresentar a documentação necessária e abrir um pedido formal de reembolso. Este apelo precisa ser feito para garantir que o valor perdido possa ser recuperado.
– É importante destacar que não há prazo para que essa regularização seja realizada.
– Compreender e evitar os fatores que levam ao não saque dos benefícios é fundamental para garantir que quem mais precisa possa acessar e se beneficiar dos seus valores. Conhecer as obrigações e manter-se atualizado com dados de contato e contas bancárias pode fazer a diferença para muitos segurados.
– Alterações nos dados pessoais devem ser comunicadas rapidamente ao INSS para evitar problemas futuros no recebimento do benefício.
– O INSS orienta os segurados a sempre observarem as datas de depósito e os prazos para saque de seus benefícios.
Fique atento ao prazo
– O INSS ressalta que os segurados devem ficar atentos ao prazo para saque dos benefícios na rede bancária todos os meses. Os valores que não forem sacados no prazo de 60 dias após a data prevista para o pagamento são devolvidos pelo banco ao INSS.
– A devolução após o prazo de 60 dias é uma medida de segurança que foi criada para evitar pagamentos indevidos e tentativas de fraude, como saque de benefícios de segurado já falecido.
– Pela norma, a instituição bancária devolve o valor ao INSS, que suspende o pagamento até que o beneficiário regularize a situação. A medida vale apenas para quem utiliza o cartão magnético da agência para usufruir do benefício recebido. Atualmente, são 9.789.560 benefícios pagos via cartão magnético em todo o país. As informações são da Tribuna On-line.
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INSS tem 8 bilhões de reais para devolver aos aposentados e pensionistas
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