Reforma administrativa de Fuad é aprovada em primeiro turno na Câmara de BH

Reforma administrativa de Fuad é aprovada em primeiro turno na Câmara de BH



O reforma administrativa proposta pelo prefeito Fuad Noman (PSD) Foi aprovado em primeiro turno pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) na tarde desta quarta-feira (13/11). O Projeto de Lei (PL) 1014/2024 amplia a estrutura do Executivo na capital e é agenda prioritária da prefeitura da capital no Legislativo no final do ano.

Por 35 votos a 4, foi aprovado o projeto que cria quatro novas secretarias na estrutura administrativa da cidade, amplia o quadro de funcionários e divide a Região Centro-Sul em duas com a criação de uma divisão específica para o hipercentro da cidade. Segundo o executivo, o custo da reforma será de R$ 49,9 milhões anuais.

Apenas Bráulio Lara (Novo), Fernanda Altoé (Novo), Flávia Borja (DC) e Cláudio do Mundo Novo (PL) votaram contra o projeto.

O PL 1014/2024 passará agora por novas discussões nas comissões temáticas da casa, onde serão avaliadas as alterações incluídas no texto. Se aprovado em segundo turno, o texto enviado pela prefeitura criará as secretarias de Segurança Alimentar e Nutricional; Mobilidade Urbana; Logística e Gestão de Ativos; e Secretaria Geral. Com isso, o número de pastas do Executivo Municipal passará de 14 para 18.

Também está prevista a criação da Coordenação Especial de Aldeias e Favelas e da Coordenação Especial de Mudanças Climáticas. As medidas faziam parte das promessas de campanha de Fuad, reeleito no segundo turno em outubro.

Esta é a terceira tentativa de Fuad de implementar uma reforma administrativa em pouco mais de dois anos e meio de governo. O prefeito reeleito tomou posse em 2022, quando Alexandre Kalil deixou o cargo para tentar se eleger governador de Minas. As duas tentativas anteriores nem chegaram ao plenário e não avançaram na Câmara por falta de apoio ao Executivo por parte dos parlamentares.

Votação problemática

Parlamentares do Novo Partido tentaram, em diversas ocasiões, adiar a votação. Fernanda Pereira Altoé e Bráulio Lara pediram reiteradamente a verificação de quórum e, entre os instrumentos para obstruir a votação, pediram à diretoria a inversão da ordem do dia para considerar primeiro dezenas de pedidos protocolados em ordem do dia.

Lara e Altoé questionaram o aumento da estrutura estatal e dos custos públicos vinculados à reforma. Os vereadores do Novo também pediram mais tempo para discutir o projeto e sugeriram que Fuad esperou a próxima legislatura para votar o projeto.

O PL 1404/2024 foi apresentado pela PBH à Câmara no dia 30 de outubro. Em 13 dias, o texto foi votado em comissão mista para agilizar a tramitação e chegou ao plenário em primeiro turno.

Bruno Miranda (PDT), líder do governo na Câmara, foi a voz mais ativa na votação durante a sessão. O plenário contou com a presença de 40 dos 41 vereadores ao longo da discussão. Apenas Marcela Trópia (Novo) não compareceu, por motivos médicos.

O PL 1404/2024 também foi tratado pelos vereadores do Novo como forma de Fuad acomodar aliados políticos na prefeitura. O prefeito já negou que esse seja o objetivo da proposta e trata a aprovação da reforma como necessária para cumprir promessas de campanha e dar caráter autoral à gestão.

Pedro Patrus (PT) também foi ao microfone do plenário para comentar o texto do PL. O parlamentar disse que atualmente a bancada petista discute pontos do projeto com a prefeitura, destacando suas divergências em relação a questões relacionadas às privatizações. O vereador prometeu que, caso não haja avanço nas conversas com o Executivo, ficará ao lado do Novo na obstrução da pauta na votação em segundo turno.

Iza Lourença (PSOL) também aproveitou a passagem pelo parlamento para encaminhar seu voto. A deputada destacou que a bancada de seu partido foi contra a tramitação acelerada da reforma na Câmara e criticou o texto em consonância com as reivindicações sindicais. As organizações de trabalhadores estiveram presentes nas galerias do plenário.

Psolista, assim como Pedro Patrus, disse que votou pela aprovação do PL no primeiro turno com a prerrogativa de discutir a proposta com mais profundidade antes da segunda votação. Cida Falabella (PSOL) e Bruno Pedralva (PT) juntaram-se ao coro de vereadores da bancada progressista durante a discussão das votações no plenário.



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