Lula diz que o auxílio de Elon Musk à campanha de Trump não foi “almoço de graça”

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Lula disse no Palácio do Planalto, em reunião a portas fechadas nesta terça-feira (11), que o apoio de Elon Musk à campanha de reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos não foi um “almoço grátis”. A fala foi dirigida aos integrantes brasileiros do G20 Social, que no final da semana se reunirão com representantes de outros 20 países do bloco no Rio de Janeiro. Eles se encontraram com o presidente em Brasília.

A menção do petista a Musk, que já foi criticado publicamente, ocorreu durante uma explicação sobre a tributação dos super-ricos, discutida pelo G20. O Brasil propõe aos demais países do grupo que seja estabelecido um imposto anual de 2% sobre as fortunas dos bilionários de todo o mundo. A medida é a principal entre as adotadas por Lula e pode gerar até US$ 250 bilhões por ano, com cobranças para cerca de 3 mil pessoas. Seria um padrão tributário internacional.

Dono de um império que inclui X (antigo Twitter), Tesla e SpaceX, entre outras empresas, Musk tem uma fortuna de mais de 314 bilhões de dólares. Apoiador de Trump, o empresário vê as ações das suas empresas (Tesla, sobretudo) valorizarem desde a semana passada, com a perspetiva de que o regresso do presidente à Casa Branca possa ter um impacto positivo na regulação das suas atividades.

Antes dessa valorização, Musk investiu mais de 100 milhões de dólares (cerca de R$ 570 milhões) na campanha de Trump, participou de comícios e realizou sorteios de quantias milionárias para incentivar os eleitores. Foi sobre esse apoio a Trump (e, mais tarde, aos ganhos financeiros de Musk) que Lula se referiu: “Olha esse cara no Twitter, Elon Musk. O que ele fez agora? Ele arrecadou muito dinheiro com a campanha de Trump. E não havia almoço grátis.”

Comissão de Eficiência

Musk poderia ser nomeado chefe de uma comissão governamental de eficiência. Durante a eleição, o bilionário também sugeriu que Trump nomeasse funcionários de sua empresa de foguetes para cargos estratégicos, inclusive no Departamento de Defesa — um dos principais clientes da SpaceX.

Em agosto, Musk sugeriu a criação de uma “comissão de eficiência governamental” durante uma live com Trump no X (antigo Twitter), com o objetivo de reduzir gastos e aumentar a transparência na administração federal. O então candidato, na época, aprovou a ideia.

Em sua rede social, Musk expressou seu compromisso com o país: “Estou disposto a servir os EUA se surgir a oportunidade. Nenhum pagamento, nenhum título, nenhum reconhecimento.” A informação é do jornal O Globo.

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