PEC que garante direito à vida para fetos volta à pauta da Comissão de Constituição e Justiça – Notícias

PEC que garante direito à vida para fetos volta à pauta da Comissão de Constituição e Justiça – Notícias


11/12/2024 – 19:46

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

A proposta de emenda à Constituição que garante a inviolabilidade do direito à vida desde a concepção (PEC 164/12) permanecerá na pauta da reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (13).

Nesta terça-feira (12), foi aprovada a reversão da pauta da comissão, com 29 votos a favor contra 12 contra e duas abstenções, para que a PEC começasse a ser analisada, mas não houve tempo suficiente para a análise, devido ao início das votações no Plenário.

A Constituição já garante a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, mas não há definição do momento em que esse direito entra em vigor.

Apresentada pelos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO) em 2012, a PEC visa determinar que esse direito será válido a partir da concepção do feto, e não a partir do nascimento do bebê. O assunto estava parado na Comissão de Constituição e Justiça desde que foi apresentado.

Na prática, a proposta proíbe o aborto no Brasil em situações atualmente autorizadas por lei. Atualmente, o aborto é permitido em três casos no país: risco de morte da gestante, gravidez decorrente de estupro e anencefalia fetal (malformação cerebral).

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Paulo Bilynskyj: “Proposta não trata apenas dos direitos das mulheres”

Discussão
A opinião do relator, deputado Chris Tonietto (PL-RJ), foi a favor admissibilidade da proposta. “Não existem incompatibilidades entre a alteração proposta e os demais princípios e regras fundamentais que fundamentam a atual Constituição e o nosso ordenamento jurídico”, afirmou. “Portanto, entendemos que não existem entraves constitucionais à regular tramitação da referida proposta pelas Casas Legislativas”, acrescentou.

O deputado Bacelar (PV-BA), vice-líder do governo, orientou a base a obstrução da proposta. A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que se trata de uma “PEC em defesa do estuprador”, após a tentativa de votação, no Plenário da Câmara, do que chamou de “PL do estupro”.

Em Junho, o Plenário aprovou o urgência pelo Projeto de Lei 1.904/24, que equipara a pena de interrupção da gravidez além de 22 semanas à de homicídio – 20 anos de prisão –, mesmo para mulheres vítimas de estupro. Mas a votação do projeto não avançou devido à forte reação de setores da sociedade. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) anunciou a criação de uma comissão com representantes de todos os partidos para debater o texto, o que ainda não ocorreu.

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Érika Kokay: “PEC em defesa do estuprador”

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) avalia que, caso a PEC 164/12 seja aprovada, outros direitos sexuais e reprodutivos serão alcançados. “A proposta interrompe pesquisas com células-tronco, impede fertilização in vitro, congelamento de óvulos, acesso e uso da pílula do dia seguinte, crianças vítimas de estupro serão mães, mulheres também, gestações anencefálicas precisarão ser transportadas, gestações com risco de morte para gestantes também”, afirmou. “Isso é uma atrocidade daqueles que afirmam defender a vida, mas odeiam a vida das mulheres”, acrescentou.

O deputado delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), por sua vez, afirmou que não se trata apenas dos direitos das mulheres. “Um bebê tem 50% do material genético da mãe, os outros 50% são de outro ser humano, outro material genético. Portanto, o bebê não faz parte do corpo da mãe. Se o deputado não tiver capacidade de reconhecer dois seres humanos diferentes, não pode nem estar aqui representando nada, porque não tem formação suficiente”, disse.

Outra polêmica
Também entrou na pauta da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania desta quarta a proposta que autoriza os estados e o Distrito Federal a legislar sobre questões específicas de Direito Penal, inclusive aumentando as penas para os crimes previstos no Código Penal. A medida consta do Projeto de Lei Complementar (215/19), do deputado Lucas Redecker (PSDB-RS).

Nesta terça-feira, o projeto, que também provoca muita polêmica, começou a ser discutido, mas o debate foi interrompido por votações no Plenário.

Relatório – Lara Haje
Edição – Georgia Moraes



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