BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Jair Bolsonaro (PL)69, disse nesta quarta-feira (6) que consideraria eleição de Donald Trump para a Casa Branca um “passo muito importante” em direção ao seu “sonho” de disputar as eleições de 2026 e retornar ao Palácio do Planalto.
“É como andar mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E Trump é um passo muito importante”, disse o ex-presidente à Folha, para quem o republicano representará uma mensagem de que sua inelegibilidade seria uma configuração para tirá-lo da corrida.
Bolsonaro foi condenado no ano passado por TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político e económico e uso indevido dos meios de comunicação social sob a acusação de espalhar mentiras sobre o processo eleitoral em reuniões com embaixadores e utilizando eleitoralmente o evento comemorativo do Bicentenário da Independência.
Ele também é alvo de outras investigações, inclusive a que investiga negociações para um golpe de Estado.
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PERGUNTA – Qual é a sua avaliação da vitória de Trump?
JAIR BOLSONARO – Sempre tive um bom relacionamento [com Trump]ele estava preocupado que o Brasil não se tornasse Venezuela. Começamos a nos entender melhor sobre aço, etanol e outros assuntos. Eu disse a ele que o comércio norte-sul seria muito bom. Eu perguntei e ele fez das nossas Forças Armadas um grande aliado extra da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]onde agora temos tecnologia e materiais mais baratos e mais rápidos.
E ele estava interessado em fazer do Brasil um radiador de democracia na América do Sul. Essa era sua principal intenção.
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P – E como você acha que a vitória dele se refletirá aqui?
JB – Isso refletirá no mundo. É um país que é a maior democracia do mundo, projeta poder, que afirmou a sua força, não tivemos nenhum conflito no mundo enquanto Trump esteve lá. E ele gosta de mim.
Acredito que só o facto da sua eleição, o que ele disse sobre a liberdade, Elon Musk [empresário e dono do X] está do seu lado, é um sinal para todos de que ele quer a democracia para o mundo. Aqui no Brasil talvez haja uma mensagem da própria eleição que queremos, do cumprimento das leis, do Estado democrático de direito, não da boca para fora, mas na prática.
P – Que comparação você fez? entre a sua situação e a dele??
JB – Quase tudo que acontece lá acontece aqui. Teve o Capitólio, que teve mortes. Eles tentaram de todas as maneiras colocar isso na conta dele.
Claro que ele é uma pessoa muito diferente de mim, foi presidente de um país muito rico, fantástico, tem muita amizade com todo mundo, o cara é bilionário. Ele enfrentou perseguição do Judiciário. Eu me esquivo aqui.
Mas ainda é um sinal para “fazermos as coisas bem”. Você sabe quem está do seu lado quando você perde o poder. Alguns chefes de estado permaneceram amigos. Um deles era ele. Fui o último chefe de Estado a reconhecer a vitória de [Joe] Bidenele não se esquece disso. E eu conheço meu lugar perto dele. Estou para ele como o Paraguai está para o Brasil.
P – O resultado fortalece o Sr. tornar-se presidente novamente??
JB – Ser presidente é uma merda. Não sei como cheguei à Presidência. Aconteceu. Eu dei o meu melhor. Você estava preparado? Não foi. Apesar de 28 anos no Parlamento, quando vemos aquela cadeira ali, recuamos.
Agora minha reivindicação [é a] para retornar. Eu tenho um sonho. Qual é o sonho? Para ajudar o Brasil.
P – Esse seu sonho fica mais forte??
JB – Passe por ele. É como andar mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E Trump é um passo muito importante.
Escolha um bom banco. Hoje teria 20% da Câmara e 15% do Senado. É muito pouco. Acredito que haverá um banco enorme chegando em 2026 [no Senado].
P – Caso essa bancada se confirme, há intenção de revanche com o Judiciário?
JB – Pelo simples fato de ser forte, não há necessidade de ameaçar. O Parlamento, na minha opinião, tem que ser o Poder de última palavra, o poder vem daí, que tem o voto. Depois, o Executivo. O Judiciário é quem não tem poder de interferir em nada, o Judiciário é para resolver conflitos.
O ser humano gosta de estar no comando e a lacuna apareceu… Para Lula é muito bom. Comigo, tive pelo menos uma intervenção do Supremo por semana.
P – O senhor disse que pretende ir à posse de Trump, mas por enquanto não pode [está com o passaporte retido devido às investigações da trama golpista de 2022]. Como você pretende fazer isso??
JB – Vou fazer uma petição ao Alexandre [de Moraes, ministro do STF]. Ele decide. Eduardo [Bolsonaro] tem uma grande amizade com ele [Trump]. Tanto que, de 85 convidados [Trump recebeu convidados em Mar-a-Lago, na Flórida, para acompanhar a apuração]ele foi e colocou mais dois dentro, Gilson [Machado, ex-ministro de Bolsonaro] e filho de Gilson. Ele me vê como alguém de quem gosta, é como se apaixonar por alguém de graça, certo? Essa paixão veio da forma como o tratei, sabendo meu lugar.
P – E se Moraes negar??
JB – Se o Trump me convidar, vou peticionar ao TSE, ao STF. Agora, com todo o respeito, o homem mais forte do mundo… Você acha que ele vai convidar o Lula? Talvez formalmente. Quem você vai convidar do Brasil? Talvez só eu. Ele vai dizer não ao cara mais poderoso do mundo? Eu sou um ex. O cara vai ter problemas por causa da ex? Você acha que irei para os Estados Unidos e ficarei lá?
Há dois anos querendo me incriminar como golpistavá se foder, droga. O cara está com a esposa há dois anos, suspeito que ela esteja me traindo e eu durmo com ela há dois anos. E estou investigando, você me traiu, você não me traiu… Resolva logo esse problema, tenha orgulho. Libertem estes pobres que estão presos há 17 anos.
P – O próximo passo então é a anistia??
JB – Anistia para 8 de janeiro. meu [anistia] Existe um determinado prazo para tomar certas decisões. Acredito que Trump gostaria que eu fosse elegível. Ele vai ter que dizer isso, mesmo que eu tivesse falado com ele, ele não teria dito. [Mas] Tenho certeza que ele gostaria que eu fosse [a ser] candidato. Está na mídia, não sei se é verdade ou não, não falo sobre esse assunto, é o [Michel] Temer [MDB] vício [texto de um blog tratou desse assunto recentemente].
P – Seria um bom nome para você??
JB – Não sei, não falo sobre esse assunto. Não descarto conversar com ninguém, nem mesmo com você. Não sei… Ele é fiador, é ex-presidente. O impeachment [de Dilma Rousseff em 2016] Isso abriu uma oportunidade para eu me inscrever. Não há impeachment sem vice-presidente.
P – O senhor reconhece algum erro, como não ter reconhecido a vitória do Lula??
JB – Eu jamais daria um cinturão para alguém como o Lula. Mas o que você faria de diferente? Os ministros do palácio [Casa Civil e articulação política, entre outros] eles teriam que ser políticos, não os que eu coloquei [militares]. Na minha relação com a imprensa, muitas vezes fui muito impetuoso.
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