O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, determina que idosa que participou da invasão de Brasília cumpra pena de 17 anos de prisão

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o início da pena para Maria de Fátima Jacinto Mendonça, conhecida como “Fátima Tubarão”, pela sua participação nos atos extremistas de 8 de janeiro.

Relator das ações contra os acusados ​​de envolvimento no 8 de janeiro, Moraes também determinou que Fátima fosse submetida a exames médicos oficiais para início da execução da pena.

A mulher de 67 anos foi condenada a 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de bens tombados.

Segundo investigação realizada pela PF, Maria de Fátima gravou vídeos durante a invasão às sedes dos três Poderes, nos quais aparece afirmando que estava “quebrando tudo”, que era uma “guerra” e que ela iria “ pega o Xandão agora”. . Nas imagens, ela ainda se apresenta como “Fátima de Tubarão”, em referência à sua cidade de origem, em Santa Catarina.

A idosa foi presa preventivamente em janeiro do ano passado, durante a terceira fase da Operação Lesa Pátria, que cumpriu 11 mandados de prisão em cinco estados e no Distrito Federal. Desde então, ela permanece detida no Presídio de Criciúma (SC), aguardando a tramitação do caso no STF.

A acusação foi julgada em plenário virtual em agosto deste ano, com a maioria dos ministros seguindo a posição de Moraes, relator do caso, que votou pela condenação de Fátima a 17 anos de prisão, além do pagamento de indenização de R. US$ 30 milhões. Atualmente, a sentença é definitiva, ou seja, a defesa não tem mais direito de apresentar novos recursos.

Nascida no município de Tubarão, em Santa Catarina, Fátima ficou conhecida após aparecer em um vídeo em que afirma ter defecado no banheiro do STF, dizendo que estava “sujando tudo”. A idosa também disse que iria “pegar o Xandão”, em referência a Moraes.

Interrogada durante o processo, Fátima disse que, no dia dos ataques, um carro de som passou pelo acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, dizendo que “chegou a hora”. Ela disse que acompanhou a multidão até a Praça dos Três Poderes e que os prédios já haviam sido invadidos.

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