Colocar
A Editorial Sul
| 31 de outubro de 2024
Os ex-policiais militares Ronnie Lessa (esquerda) e Élcio Queiroz (direita) foram condenados na noite de quinta-feira.
Foto: Reprodução/MP
Os ex-policiais militares Ronnie Lessa (esquerda) e Élcio Queiroz (direita) foram condenados na noite de quinta-feira. (Foto: Reprodução/MP)
Assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram condenados na noite desta quinta-feira (31). O ex-policial militar Ronnie Lessa, que efetuou os disparos na noite de 14 de março de 2018, recebeu pena de 78 anos e 9 meses de prisão. O ex-PM Élcio Queiroz, que dirigia o Cobalt usado no ataque, foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão.
A execução da pena, porém, deve ser muito inferior à condenação. Isso porque os dois acordos de delação premiada firmados em que foi estipulada pena máxima a ser cumprida por ambos:
– Élcio Queiroz ficará preso até 12 anos em regime fechado;
– Ronnie Lessa ficará preso por no máximo 18 anos em regime fechado e mais 2 anos em regime semiaberto.
Esses prazos começam a contar a partir da data da prisão, em 12 de março de 2019 – um ano após o crime. Ou seja, serão descontados 5 anos e 7 meses das penas máximas. Assim, Élcio pode sair da prisão em 2031, e Lessa vai para prisão semiaberta em 2037, e fica em liberdade em 2039. O acordo de cada réu, porém, pode ser anulado caso uma das obrigações dos denunciantes não seja cumprida. Por exemplo, se uma mentira for comprovada no acordo judicial.
O Ministério Público – que atua como promotor no caso – nega que as penas sejam reduzidas. Durante o julgamento, ao responder a uma questão sobre a possibilidade de redução da pena dos arguidos em resultado da colaboração premiada, o procurador Eduardo Morais disse que um “possível acordo” tramita sob sigilo e não implica redução da pena. sentença.
“Os termos da colaboração são confidenciais. A importância deste julgamento é que não há colaboração ou acordo sem condenação. Estamos aqui para garantir a condenação dos réus”, afirmou. “O acordo não prevê qualquer redução de pena. Cumprirão a pena máxima prevista em lei”, acrescentou. Os acordos levaram ao avanço das investigações – principalmente em relação aos mandantes, que poderão ser julgados no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2024.
Os documentos são assinados por integrantes do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Rio (MPRJ) e da Polícia Federal (PF). No texto, há obrigações a serem cumpridas pelos denunciantes, como esclarecer espontaneamente os crimes que cometeram, fornecer provas e informações que estejam ao seu alcance e, claro, não mentir.
Entender
Seis anos e meio após a execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, assassinos confessos, tiveram suas penas definidas nesta quinta-feira (31). Ronnie Lessa completa 78 anos, 9 meses e 30 dias. Élcio, 59 anos e 8 meses e 10 dias. Eles também serão condenados a pagar pensão alimentícia ao filho de Anderson e R$ 706 mil de indenização aos familiares de Marielle e Anderson. Lessa foi quem matou Marielle. Queiroz dirigia o carro onde os dois estavam.
No dia 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, Região Central do Rio, por volta das 21h30. Além do vereador, que levou quatro tiros na cabeça, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Fernanda Chaves estava no banco de trás e foi atingida por estilhaços.
Lessa e Queiroz estavam de prata Cobalt e acompanharam Marielle desde a Casa das Pretas, na Lapa, onde ela havia participado de uma prova com distância de cerca de 4 quilômetros. A dupla parou ao lado do veículo onde o vereador estava e atirou, fugindo sem levar nada.
Marielle foi atingida por quatro tiros, três na cabeça e um no pescoço, enquanto Anderson levou três tiros nas costas. Fernanda Chaves sobreviveu, sendo apenas atingida por estilhaços. A dupla foi presa dois dias antes de o crime completar um ano, em 12 de março de 2019. Os dois estavam saindo de casa quando foram presos. Eles não resistiram à prisão e nada disseram à polícia. Ronnie estava em sua casa no condomínio Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca – a mesma onde mora o ex-presidente Jair Bolsonaro. Élcio morava na Rua Eulina Ribeiro, no Engenho de Dentro.
Voltar para todas as políticas
Acordo de delação premiada pode reduzir tempo de prisão dos assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes; entender
31/10/2024
empréstimo consignado para aposentado
emprestimo consignado para aposentado
cartão consignado
app picpay
empréstimos bpc
emprestimo aposentado do inss
simular empréstimo consignado
emprestimos consignados simulação
empréstimo no picpay