Existem duas maneiras de encarar as eleições municipais dentro do Partido dos Trabalhadores. Há uma opinião de que o partido fracassou retumbantemente. Outra que interpreta o ocorrido como o início de uma recuperação após o fiasco.
A primeira está sendo imposta pelo Ministro de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha. A segunda do presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Os dois são do mesmo partido, mas iniciaram uma “guerra pública”.
Padilha afirmou que “o PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas, na minha opinião, ainda não saiu do Z4 [zona de rebaixamento] que concorreu às eleições autárquicas de 2016”.
Gleisi respondeu que “ofender o partido, zombar e diminuir o nosso esforço nacional não ajuda a mudar essa correlação de forças”. “Padilha deveria focar nas articulações políticas do governo, que são de sua responsabilidade. Mais respeito pelo partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam.”
É a nova briga do governo com o partido, já que a própria Gleisi e Haddad trocaram farpas – e não há muito tempo – sobre política económica. Aparentemente, o PT não está muito satisfeito com alguns aspectos do governo Lula-3.
Mas a forma como foram feitas as críticas do ministro Padilha também é muito ruim – principalmente porque ele é o coordenador político do terceiro governo Lula e tem falhas políticas justamente na sua relação com o Congresso Nacional.
O problema encontrado pelo PT nas eleições municipais vem justamente do enfraquecimento da relação do governo federal com o parlamento – ou, aliás, da tensão entre os dois poderes.
Começou realmente com o orçamento imponente, que aumentou o poder dos parlamentares de indicar os gastos públicos. Para alguns, distorceu o sistema político, algo que se aprofundou quando Artur Lira assumiu e Bolsonaro entregou o dinheiro ao presidente da Câmara por meio do aumento de emendas.
O dinheiro hoje não vem do governo federal, mas do Congresso Nacional. Hoje quem elege prefeito é deputado, e quem elege deputado é prefeito. Isso porque o dinheiro do deputado vai para o prefeito, o prefeito faz obras e depois nomeia o deputado como responsável. Você entendeu?
Neste contexto, o PT conseguiu mesmo melhorar um pouco. Passou de 183 para 252 prefeitos eleitos, de 206 para 290 vice-prefeitos (dos quais 223 estavam em chapas com prefeitos de outros 14 partidos) e passou de 2.663 para 3.129 vereadores.
Conquistou algumas vitórias importantes – e em cidades estratégicas – como Camaçari, Juiz de Fora e Contagem. Apesar de ter conquistado apenas uma capital, venceu em Fortaleza, onde o grupo político dominante, o PDT de Ciroaliou-se a um bolsonarista que nega a existência de feminicídios num dos países que mais mata mulheres, além de ameaças de morte contra o candidato petista.
Há muito que preocupar o PT após a disputa eleitoral de 2024. Existem erros de estratégia e uma reconhecida dificuldade em dialogar com vários sectores da sociedade e grupos emergentes. Houve, no entanto, vitórias de coligações das quais fizeram parte, como a do Rio de Janeiro, por exemplo, em que houve um forte agradecimento do prefeito reeleito no primeiro turno, Eduardo Paesao presidente Lula. Houve derrotas dolorosas, sem dúvida, mas também alguns progressos.
A batalha de Fortaleza em si foi muito bonita – transcende a política quando um candidato afirma que vai colocar o adversário na churrasqueira porque ele tem o sobrenome de Leitão.
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