FOLHAPRESS – O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos no Rio de Janeiro vive há dez meses uma crise que, nesta segunda-feira (28/10), chegou à Justiça Federal.
O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União propuseram ação civil pública contra o governo federal por falhas na execução do serviço após federalizar sua gestão.
O programa protege atualmente 75 militantes no estado, incluindo familiares da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018. Há incertezas sobre sua implementação desde janeiro deste ano, quando foram celebrados acordos entre os governos federal e estadual e a entidade que realizou o programa. programa.
O último movimento para solucionar o problema foi a decisão do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) de assumir a execução do programa, encerrando o acordo firmado com o Governo do Rio de Janeiro.
Em audiência pública realizada em julho, o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, prometeu a publicação do edital de seleção do programa para agosto. Até o momento, porém, não houve anúncio da licitação.
“Lamentavelmente, o que estamos presenciando no Rio de Janeiro é um descaso que transborda em risco à integridade física e psicológica de indígenas, quilombolas, lideranças políticas, ativistas e jornalistas que atuam na defesa dos direitos humanos”, afirma a ação, assinado pelo promotor Julio José Araújo Junior e pelo defensor público da União Thales Arcoverde Treiger.
“O Rio de Janeiro vive numa espécie de limbo, em que existe um sério risco de o programa falhar. Com a federalização, foi prometida uma melhoria, mas houve uma redução de recursos humanos e materiais, o que nos obriga a tentar trazer pôr fim à situação actual o mais rapidamente possível. No entanto, não há qualquer chamada, nem um calendário com instruções claras.”
Na ação, o MPF e a DPU pedem liminar que determine a publicação do edital de seleção no prazo de cinco dias, além de determinar que a União promova a estruturação e o planejamento de longo prazo do programa para os próximos dez anos.
Procurado, o ministério não respondeu até a publicação desta reportagem.
Direitos humanos
O Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos visa manter a pessoa protegida nas suas atividades locais, ao contrário do Programa de Proteção a Testemunhas, que os retira do local do conflito.
A entidade escolhida para executar o programa tem a função de coordenar as atividades de escolta das forças de segurança, bem como oferecer apoio material aos inscritos no mesmo, como instalação de câmeras ou fornecimento de refúgio em caso de aumento da situação de risco.
Uma das inscritas no programa é a vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco. Foi incluída em setembro de 2018 após concessão de medida cautelar da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Os pais de Marielle também foram incluídos depois que o ex-PM Ronnie Lessa assinou um acordo de delação premiada e apontou Domingos e Chiquinho Brazão como os mandantes do crime. Lessa, que confessou a autoria do crime, será julgado nesta quarta-feira (30).
A vereadora Benny Briolly (PSOL), de Niterói, também aderiu ao programa após sofrer ameaças transfóbicas após sua eleição em 2019. Ela chegou a deixar o país em maio de 2021.
“Pessoas como Benny Briolly e Mônica Benício são exemplos conhecidos de pessoas que trabalham na defesa dos direitos humanos em um local de extrema violência e dependem de medidas como o PPDDH/RJ, que já foi reconhecido, em relação aos dois primeiros, em medidas cautelares da Comissão Interamericana de Direitos Humanos Mas além deles há dezenas de pessoas menos conhecidas, mas cuja luta enfrenta obstáculos, perseguições e ameaças o tempo todo”, afirma a ação.
A crise começou em janeiro, quando terminou o contrato com o Centro de Direitos Humanos de Nova Iguaçu, responsável desde 2022 pela implantação do programa no Rio de Janeiro.
Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
O governo do estado não fez chamada pública para seleção de outra entidade, escolhendo uma organização por meio de carta-convite. A decisão foi recebida com críticas que levaram à decisão do MDHC de assumir o programa.
emprestimo do inss
empréstimo para consignados
simular um empréstimo consignado
simular empréstimo picpay
simular emprestimo picpay
como fazer emprestimo no picpay
emprestimo consignado no inss
blue emprestimo
simulação empréstimo picpay
emprestimo consignado simulação
inss empréstimos