Em uma eleição marcada pela indiferença e baixa participação, os eleitores de Porto Alegre decidirão neste domingo (27/10) quem comandará a cidade nos próximos quatro anos.
O vencedor da disputa entre o candidato à reeleição Sebastião Melo (MDB) e a deputada federal Maria do Rosário (PT) terá o desafio de liderar a reconstrução da capital gaúcha, que sofreu prejuízo estimado em R$ 12,3 bilhões devido às enchentes de maio.
Em pesquisa realizada pela AtlasIntel divulgada na última terça-feira (22/10), Melo aparece com 55,5% das intenções de voto no cenário estimulado. Maria do Rosário responde por 41,3%, enquanto brancos e nulos chegam a 2,7%.
Datafolha e Quaest divulgam últimas pesquisas eleitorais antes da votação
A campanha de Melo chega ao dia das eleições num cenário confortável. O emedebista obteve 49,7% dos votos válidos (345.420 votos) no primeiro turno, e pouco menos de 2 mil votos o separaram da vitória no dia 6 de outubro.
O petista, que obteve 26,3% (182.553 votos), busca reverter um cenário praticamente impossível. Ela precisa do apoio do eleitorado da ex-deputada Juliana Brizola (PDT), que ficou em terceiro lugar com 19,7% (136.783 votos), e de afastar uma parcela significativa dos eleitores que não foram votar no início do mês ou optaram pelo prefeito na primeira etapa.
Porto Alegre
Porto Alegre registrou a maior abstenção entre as capitais no primeiro turno: 31,5% dos eleitores elegíveis. Em números absolutos, os pouco mais de 345 mil ausentes superam tanto os votos de Melo quanto a soma dos votos de Rosário e Brizola.
Felipe Camozzato (Novo), quarto colocado na disputa com 3,8% (26.603 votos), declarou apoio ao prefeito contra o PT.
Melo conseguiu se proteger dos danos políticos causados pelas críticas que sofreu durante a tragédia climática. O significativo volume de água que chegou a Porto Alegre proveniente de rios interiores e as falhas no sistema de proteção contra enchentes fizeram com que cerca de 160 mil pessoas e 39 mil edifícios fossem diretamente afetados pelas enchentes. O número de pessoas em abrigos chegou a 14.200 em meados de maio.
O prefeito afirmou que a quantidade de chuva estava além da capacidade de resposta. Disse ainda, incluindo os 16 anos consecutivos que o PT administrou Porto Alegre, que o problema veio de outras gestões.
Melo afirma ainda que a responsabilidade pelos trabalhos de prevenção contra desastres naturais é do governo federal e diz que o governo Lula (PT) tem dificuldades em responder rapidamente às demandas de reconstrução da capital.
Do outro lado, Maria do Rosário acusa Melo de querer usar o presidente para fugir da culpa pela tragédia.
A taxa de abstenção na cidade neste ano foi um pouco inferior à registrada em 2020, durante a pandemia da Covid-19, mas reflete uma tendência de baixa participação observada em todo o Rio Grande do Sul.
Entre as razões apresentadas pelos eleitores, especialistas e candidatos estão a falta de interesse nos conflitos causados pelo trauma das cheias e a descrença no processo político como um todo. Além disso, a falta de entusiasmo pela gestão de Melo e a falta de atratividade da candidatura de Rosário também são citados como fatores.
A AtlasIntel entrevistou 1.189 eleitores entre os dias 15 e 20 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o nível de confiança é de 95% e o número de registro do TSE é: RS-03151/2024.
Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
emprestimo do inss
empréstimo para consignados
simular um empréstimo consignado
simular empréstimo picpay
simular emprestimo picpay
como fazer emprestimo no picpay
emprestimo consignado no inss
blue emprestimo
simulação empréstimo picpay
emprestimo consignado simulação
inss empréstimos